O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse no último sábado que a China quer ser uma força de estabilidade no fortalecimento da governança global.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as observações ao proferir um discurso durante a sessão "China no Mundo" na Conferência de Segurança de Munique, que está em andamento.
Wang disse que o sistema internacional atual enfrenta sérios desafios ante o unilateralismo e a política de poder, e trata-se de um apelo comum da comunidade internacional revitalizar o multilateralismo e fortalecer a solidariedade.
Ele disse que a autoridade e o status central das Nações Unidas devem ser fortalecidos e de forma nenhuma enfraquecidos, acrescentando que os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas nunca foram obsoletos, mas estão mais importantes.
Wang disse que a China se tornou a maior contribuinte quanto a tropas para as operações de manutenção da paz entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e a segunda maior contribuinte ao orçamento regular da ONU e às avaliações de manutenção da paz.
Ele disse que a China apoia o papel principal do Conselho de Segurança nas questões de paz e segurança e apoia a ONU na realização da Cúpula do Futuro, para apresentar mais soluções viáveis aos desafios.
Face à ameaça climática, a China desempenhou um papel positivo na concretização do Consenso dos EAU na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática e alcançará a maior redução na intensidade das emissões de carbono no menor tempo da história mundial, disse Wang, sublinhando que a China realizará seus compromissos.
Diante dos desafios da inteligência artificial (IA), a China apoia o estabelecimento de um órgão internacional de governança de IA no âmbito da estrutura da ONU para salvaguardar conjuntamente o bem-estar da humanidade, disse ele.
Wang apontou que a China tem trabalhado ativamente para fortalecer a solidariedade e a cooperação no Sul Global, promovido a expansão histórica do BRICS, apoiado a União Africana na adesão ao G20 e tem estado comprometida em aumentar a representação e a voz dos países em desenvolvimento nos assuntos globais, de modo a tornar a arquitetura de governança global mais equilibrada e eficaz.
Como o maior país em desenvolvimento do mundo, a China também tem estado comprometida a fornecer ao mundo mais bens públicos dentro da sua capacidade, disse ele.
Da Iniciativa do Cinturão e Rota à Iniciativa de Desenvolvimento Global, da Iniciativa de Segurança Global e à Iniciativa de Civilização Global, a China continua a fazer as suas próprias contribuições para enfrentar os desafios globais com base nos princípios de cooperação, abertura e igualdade, disse ele.
Para fortalecer a governança global, a soberania e integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas, observou Wang.
Taiwan é uma parte inalienável do território da China e os assuntos de Taiwan são assuntos internos da China, disse ele, enfatizando que para cumprir as normas internacionais básicas, deve-se aderir ao princípio de Uma Só China.
Para salvaguardar a paz e a estabilidade através do Estreito de Taiwan, a "independência de Taiwan" deve ser combatida resolutamente, acrescentou ele.
