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EUA devem arcar com consequências da suspensão das negociações climáticas, diz porta-voz do MRE chinês

Fonte: Diário do Povo Online    11.08.2022 15h06

Como resultado da visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, a China suspendeu as negociações China-EUA sobre mudanças climáticas e todas as consequências deverão ser assumidos pelos Estados Unidos, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China na quarta-feira (10).

"Em primeiro lugar, as contramedidas tomadas pela China são justificadas e uma resposta razoável à visita provocativa de Pelosi a Taiwan", disse o porta-voz Wang Wenbin em uma coletiva de imprensa diária.

A China repetidamente deixou claro para os EUA que o princípio de Uma Só China é a base política para a China desenvolver relações bilaterais com outros países, acrescentou.

Desconsiderando a forte oposição da China, Pelosi insistiu em sua visita provocativa à região chinesa de Taiwan, prejudicando seriamente a soberania e a integridade territorial da China, lamentou ele.

A viagem certamente foi conduzida com a conivência e apoio do governo dos EUA, o que minou a base política das relações China-EUA e deve causar grandes interrupções nas trocas e cooperação bilaterais, acrescentou Wang.

"Como a China já disse previamente, o lado dos EUA não deve se surpreender", disse ele.

Em segundo lugar, todas as consequências da suspensão das negociações China-EUA sobre mudanças climáticas, resultado da visita de Pelosi a Taiwan, devem ser suportadas pelo lado norte-americano, ponderou Wang.

"Como um grande país responsável, a China, como sempre, participará ativamente da cooperação internacional e multilateral sobre mudanças climáticas", enfatizou.

A China permanecerá comprometida com seus objetivos de atingir o pico de carbono e neutralidade, participar ativamente das negociações sobre os principais canais de mudança climática, fornecer apoio e assistência a outros países em desenvolvimento dentro de sua capacidade e dar sua própria contribuição para enfrentar o desafio global do clima mudança, disse Wang.

Em terceiro lugar, o lado dos EUA deve assumir seriamente suas responsabilidades e obrigações históricas no campo das mudanças climáticas, afirmou Wang.

"A China sempre sustentou que, ao enfrentar as mudanças climáticas, não podemos apenas gritar slogans sem agir", disse Wang, acrescentando que a Suprema Corte dos EUA aprovou recentemente uma decisão que limita a autoridade da Agência de Proteção Ambiental de regular as emissões de gases de efeito estufa.

Além disso, os Estados Unidos usaram questões relacionadas a Xinjiang como desculpa para impor sanções às empresas fotovoltaicas da China, prejudicando diretamente a atmosfera de cooperação China-EUA e os esforços da China e de outros países para lidar com as mudanças climáticas, lembrou ele.

"Uma abordagem tão contraditória levanta dúvidas sobre a capacidade e determinação do lado dos EUA para lidar com a mudança climática. Os Estados Unidos devem cumprir seriamente suas responsabilidades históricas e obrigações em lidar com a mudança climática e parar de justificar sua inércia", disse ele.

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