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MRE apela que China e Alemanha assumam suas responsabilidades como grandes potências para uma política bilateral mais estável

Fonte: Diário do Povo Online    09.12.2025 09h37

O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, conversa com o Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, em Beijing, capital da China, em 8 de dezembro de 2025. (Dai Tianfang/Xinhua)

China e Alemanha, enquanto grandes potências, devem assumir suas responsabilidades, manter o respeito mútuo, transcender as diferenças em sistemas sociais, contextos históricos e culturas, e construir um modelo mais maduro de interação positiva e uma estrutura de política bilateral mais estável, disse o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, nesta segunda-feira, em Beijing.

Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, disse ao Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, que espera que a Alemanha veja o desenvolvimento da China como uma oportunidade para uma cooperação mais profunda e uma força motriz para benefícios mútuos e resultados vantajosos para ambas as partes, e que trabalhe em conjunto para promover o desenvolvimento estável e saudável da parceria estratégica abrangente China-Alemanha.

Observando que esta é a primeira visita de um ministro das Relações Exteriores alemão à China desde a formação do novo governo alemão – embora a visita tenha enfrentado alguns percalços – Wang citou um provérbio chinês: "A paciência é uma virtude". Ele enfatizou que "o momento não é o mais importante; o que realmente importa é o propósito. A visita deve ser para cooperação, não para confronto; para fortalecer o entendimento e a confiança mútuos, não para ampliar as diferenças".

Wang também instou a Alemanha a encorajar a UE a retomar uma política racional e pragmática em relação à China, a aderir à direção correta da cooperação mutuamente benéfica, a resolver as diferenças por meio do diálogo e a evitar a politização de questões econômicas, a instrumentalização de questões comerciais ou a securitização da cooperação normal.

Wang enfatizou que o princípio de Uma Só China serve como uma importante base política para as relações sino-alemãs, e que não há espaço para ambiguidades. Ele observou ainda que, diferentemente da Alemanha, o Japão ainda não realizou uma reflexão profunda sobre seu histórico de agressões nas oito décadas desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Wadephul afirmou que, diante de um cenário global turbulento, a Alemanha e a China precisam assumir responsabilidades especiais, fortalecer a comunicação e a coordenação e se tornarem parceiros confiáveis e previsíveis um para o outro.

Ele afirmou que a Alemanha permanece firmemente comprometida com a política de Uma Só China, e que essa posição é inabalável.

As empresas alemãs na China têm plena confiança no mercado chinês e estão disponíveis para aprofundar ainda mais sua presença no país, disse Wadephul, acrescentando que a Alemanha apoia a UE e a China na busca de benefícios mútuos e resultados vantajosos para ambos por meio do diálogo e está pronta para desempenhar um papel construtivo nesse sentido.

Os dois lados também trocaram opiniões sobre a crise na Ucrânia. Wadephul detalhou a posição da Alemanha e expressou a esperança de que a China utilize sua influência para ajudar a pôr fim à crise o mais breve possível.

Wang reafirmou a posição consistente da China, enfatizando que todas as partes devem valorizar o atual momento favorável a uma solução política, trabalhar em prol do mesmo objetivo e, em última instância, alcançar um acordo de paz justo, duradouro e vinculativo por meio do diálogo e das negociações.

A China apoia todos os esforços que contribuam para a paz e continuará a desempenhar um papel construtivo nesse sentido, acrescentou Wang.

O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, conversa com o Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, em Beijing, capital da China, em 8 de dezembro de 2025. (Dai Tianfang/Xinhua)

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