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Entre aromas e sabores, marcas chinesas de bebidas celebram laços com Brasil na CIIE

Fonte: Xinhua    11.11.2025 10h16

O aroma de café recém-moído recebe os visitantes no pavilhão do Brasil na 8ª Exposição Internacional de Importação da China (CIIE). Diante da loja pop-up da Luckin Coffee, uma fila se forma enquanto o barista prepara espressos fumegantes.

Como marca de café recomendada da CIIE, que acontece de 5 a 10 de novembro em Shanghai, a empresa chinesa se tornou a primeira a montar uma loja temporária dentro de um pavilhão nacional.

Durante a cerimônia de abertura do Pavilhão do Brasil, a Luckin ofereceu uma experiência imersiva que combinava o sabor autêntico dos grãos brasileiros com a inovação do serviço chinês. A ação destacou a tradição e a qualidade do café do Brasil, além de apresentar ao público chinês o papel cultural e social dessa bebida na vida cotidiana dos brasileiros. Mais do que um produto, uma xícara de café tornou-se uma ponte que aproxima as culturas e fortalece o intercâmbio econômico entre os dois países.

A presença da Luckin na CIIE reflete também a nova estratégia global da empresa. A marca vem ampliando sua cadeia de suprimentos em regiões tropicais e construiu um sistema de origem que inclui o Brasil, a Indonésia, a Etiópia e Província de Yunnan, no sodueste da China.

O objetivo é garantir qualidade e rastreabilidade desde a colheita até a xícara. Nesse contexto, o Brasil desempenha um papel essencial como fornecedor estável de grãos premium, permitindo que consumidores chineses possam provar o Brasil em seu café diário.

A cooperação direta com produtores brasileiros não apenas assegura matéria-prima de excelência, mas também aprofunda a integração entre as indústrias de café dos dois países, impulsionando o comércio e a inovação conjunta.

Outra marca chinesa presente no pavilhão do Brasil que chamou a atenção foi a Mixue Bingcheng. Em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a empresa lançou o sorvete de açaí, criado especialmente para a feira com base na fruta típica brasileira.

A colaboração entre a Mixue e a ApexBrasil não se limita à feira. Em maio deste ano, as duas partes assinaram um memorando de entendimento prevendo investimentos e compras de produtos brasileiros no valor de até 4 bilhões de yuans (US$ 561,8 milhões) nos próximos anos, incluindo café e frutas processadas. O plano deverá gerar cerca de 25 mil empregos locais e ampliar a presença da marca no mercado brasileiro e em outros países da América do Sul.

O Brasil, um dos maiores produtores e exportadores de café do mundo, é também uma das principais origens dos grãos utilizados pela "Lucky Cup", marca de café moído da Mixue, cujas lojas já ultrapassam 9.500 unidades na China.

Com essa parceria, a empresa não apenas garante acesso a matérias-primas de alta qualidade, mas também leva à América do Sul a experiência chinesa em gestão de lojas, inovação em bebidas e construção de cadeias produtivas integradas.

A presença de marcas como Luckin e Mixue na CIIE reflete o fortalecimento do intercâmbio sino-brasileiro no setor de bebidas. Ao unir a criatividade e a inovação da China com a riqueza de recursos do Brasil, as duas empresas representam uma nova etapa de cooperação que combina sabores, culturas e oportunidades econômicas.

Em cada xícara e em cada sorvete, a parceria sino-brasileira ganha novos contornos, uma fusão de sabores, inovação e oportunidades que aproxima ainda mais duas culturas unidas pela busca do melhor gosto da vida. Fim

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