O porta-voz do Ministério do Comércio da China, ao ser questionado por jornalistas sobre questões relacionadas à empresa Nexperia, respondeu que a China já havia anteriormente comentado o assunto. Ele reiterou que o governo holandês, ao publicar um decreto administrativo em 30 de setembro, havia interferido de maneira indevida nos assuntos internos da empresa, e que, posteriormente, o tribunal empresarial holandês tomou uma decisão equivocada ao retirar a participação acionária da empresa chinesa, prejudicando gravemente seus direitos e interesses legítimos.
O porta-voz afirmou ainda que, apesar das reiteradas solicitações razoáveis feitas pela parte chinesa durante as negociações, o governo holandês não demonstrou uma postura construtiva nem tomou medidas efetivas, o que teria agravado a crise na cadeia global de suprimentos.
Ele observou que, em 26 de outubro, a sede da Nexperia nos Países Baixos havia anunciado a suspensão do fornecimento de wafers à filial na China, impossibilitando a normalidade da produção e causando turbulência e desordem na cadeia global de fornecimento de semicondutores. Segundo ele, toda a responsabilidade por essa situação caberia à parte holandesa.
O representante explicou que, visando a estabilidade e segurança da cadeia global de semicondutores, a China havia anunciado em 1º de novembro a isenção de exportações que atendessem aos requisitos e vinha trabalhando para restabelecer o fornecimento à Nexperia (China).
No entanto, como a parte holandesa continuou agindo de forma unilateral e sem apresentar ações concretas para resolver o problema, a tendência seria agravar os efeitos negativos sobre a cadeia global de suprimentos, algo que tanto a China quanto o setor industrial internacional não desejavam.
Por fim, ele expressou a esperança de que o governo holandês, tendo em vista o interesse geral das relações econômicas e comerciais sino-holandesas e sino-europeias, bem como a estabilidade e segurança das cadeias produtivas, adotasse uma atitude responsável, cessasse sua interferência nos assuntos internos das empresas e buscasse soluções construtivas para a questão da Nexperia.
O porta-voz acrescentou ainda que a China continuaria a defender firmemente os direitos legítimos de suas empresas e a trabalhar pela estabilidade e fluidez da cadeia global de semicondutores.
