Ren Zhongping, Diário do Povo
De 20 a 23 de outubro, realiza-se em Beijing a Quarta Sessão Plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China, que discutiu e formulou as diretrizes do 15º Plano Quinquenal, com o objetivo de realizar um planejamento estratégico e de alto nível para os próximos cinco anos.
A temporada da colheita do arroz tem início na vila de Qingxi, Hangzhou, província de Zhejiang. (Foto: Yang Bo / Diário do Povo Online)
Elaborar cientificamente e implementar de forma contínua os planos quinquenais é um importante instrumento de governança do Partido Comunista da China — e uma das “chaves” para compreender a modernização de estilo chinês. Muitos estudiosos, tanto dentro quanto fora do país, afirmam que os planos quinquenais da China são um modelo exemplar de planejamento estratégico de longo prazo.
Desde a produção anual de mais de 13 milhões de veículos elétricos, passando pela conquista das “três joias da coroa” da indústria naval, até o número de 6.430 fábricas verdes de nível nacional, o período do 14º Plano Quinquenal foi marcado por inovação tecnológica, impulsionando a inovação industrial, e por uma rápida transição verde no desenvolvimento econômico e social.
A China construiu o maior sistema global de energia renovável e cadeia industrial de novas energias, tornando-se um dos países com maior redução na intensidade de consumo energético do mundo. O Relatório Global de Inovação 2025, divulgado recentemente, mostra que a China entrou pela primeira vez no grupo dos dez países mais inovadores do planeta.
Atualmente, o país mantém a inovação como eixo central da modernização, possuindo a maior força de trabalho em ciência e tecnologia e o maior número de pesquisadores do mundo, alcançando uma transformação de “fábrica do mundo” para “centro global de inovação”.
Durante o 14º Plano Quinquenal, a renda per capita disponível dos moradores rurais de condados antes pobres, cresceu em média 7,8% ao ano em termos reais, superando a taxa média nacional de crescimento da renda dos camponeses. A relação entre renda urbana e rural caiu de 2,56:1 em 2020 para 2,34:1 em 2024, e a contribuição média do consumo para o crescimento econômico atingiu cerca de 60%.
Com mais de 1,4 bilhão de habitantes e mais de 400 milhões de pessoas na classe média, as necessidades do povo chinês tornaram-se diversificadas, multilaterais e em múltiplos níveis — um reflexo da enorme vantagem e potencial do vasto mercado interno chinês.
Distrito de Dafeng, na cidade de Yancheng, província de Jiangsu, adota o princípio de priorizar a ecologia e promover o desenvolvimento verde, aproveitando plenamente as vantagens dos ventos costeiros para desenvolver a indústria de energia eólica de acordo com as condições locais. Foto: Liu Chenglong, Diário do Povo Online
O Relatório de Confiança Edelman 2025, publicado em março, mostrou que a confiança do povo chinês em seu governo continua sendo a mais alta do mundo, e que o otimismo em relação ao futuro mantém-se em primeiro lugar globalmente.
Em julho, foi publicado o quinto volume de Xi Jinping: A Governança da China. Observadores internacionais afirmam que “o modelo de governança da China é mais capaz de oferecer estabilidade, prosperidade e liberdade ao seu povo”. Desde o início da nova era, o sistema institucional completo, científico e eficaz do país amadureceu significativamente, convertendo vantagens institucionais em eficiência de governança nacional.
Em maio deste ano, entrou em vigor a Lei de Promoção da Economia Privada, que pela primeira vez incorporou na legislação o princípio dos “dois inabaláveis” (apoio igual às economias pública e privada) e estabeleceu de forma clara o status legal da economia privada — fato que a imprensa estrangeira descreveu como “um marco histórico”.
O mercado é o recurso mais escasso, e o Estado de Direito é o melhor ambiente de negócios. A aplicação da Lei de Investimento Estrangeiro estimulou o entusiasmo de investidores externos; o Regulamento de Revisão de Concorrência Leal fortaleceu restrições institucionais; e o avanço na construção de um mercado nacional unificado criou, por meio da legalidade, um forte campo magnético para atrair recursos globais, oferecendo uma importante garantia jurídica à modernização ao estilo chinês.
A elaboração do 15º Plano Quinquenal contou com uma ampla consulta pública online, que recebeu mais de 3,11 milhões de sugestões de internautas — uma vívida demonstração da “democracia popular em todo o processo”, que é “a mais ampla, autêntica e eficaz”. O aprimoramento desse sistema democrático, aliado à escuta ativa da opinião pública e à coleta da sabedoria popular, permite unificar o planejamento estratégico de alto nível com a consulta ao povo, formando uma forte força coletiva para impulsionar a modernização chinesa.
Durante o 14º Plano Quinquenal, apesar das turbulências e desafios externos, a China manteve-se firme na política de abertura de alto nível. Até julho deste ano, o país registrou US$ 714,87 bilhões em investimento estrangeiro efetivamente utilizado e 235 mil novas empresas estrangeiras — um aumento de 32 mil em relação ao período do 13º Plano Quinquenal.
A Iniciativa Cinturão e Rota tornou-se a maior e mais abrangente plataforma de cooperação internacional do mundo. Na Cúpula da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS) em Tianjin, o presidente Xi Jinping propôs a Iniciativa de Governança Global, que visa promover ações conjuntas para construir um sistema de governança global mais justo e equilibrado. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou: “O futuro da humanidade depende em grande medida da China.”
Da antiga posição de estar “arredada da história mundial” até o papel atual de liderar as tendências do desenvolvimento global, a modernização ao estilo chinês, guiada pela construção de um país forte e pelo rejuvenescimento nacional, abriu um novo caminho para a modernização humana.