A cerimônia de abertura dos Jogos Mundiais de Robôs Humanoides 2025 foi realizada na última quinta-feira em Beijing, e as competições ocorreram de 15 a 17 deste mês. A equipe brasileira enviada à China, como um dos países-chave, competiu com equipes internacionais de países como EUA, Alemanha, Japão, entre outros. Os robôs humanoides participaram de até 26 modalidades, incluindo corrida, salto em distância, exercícios livres e futebol.
No mês passado, as equipes chinesa e brasileira se encontraram na Copa Mundial de Robôs (RoboCup), realizada neste ano em Salvador, no Brasil. A equipe da Universidade Tsinghua saiu campeã na categoria AdultSize da RoboCup, a primeira vez que uma equipe chinesa ganhou o título principal desta competição. Estes eventos esportivos, que reúnem fortes seleções chinesas e brasileiras, testemunharam a demonstração das capacidades competitivas de China e Brasil no campo da robótica.
Enquanto isso, a cooperação científico-tecnológica entre a China e o Brasil também floresce na vanguarda da inteligência artificial (IA), com Shanghai realizando recentemente duas importantes atividades de diálogo entre China e Brasil.
Em julho, o Instituto de Desenvolvimento de Cidades Inteligentes de Shanghai, em parceria com o Consulado-Geral do Brasil em Shanghai, realizou uma mesa-redonda focada em "IA na Governança Urbana e Serviços Públicos". Especialistas de ambos os países dialogaram profundamente sobre os caminhos para a modernização urbana impulsionada pela IA. Pela primeira vez, dois cases emblemáticos, o "gov.br", do Brasil, e o "Suishenban", de Shanghai, foram apresentados juntos e compartilharam experiências. Rafael Oliveira Ferreira, responsável pela internacionalização do SERPRO, empresa tecnológica do Estado brasileiro, expressou a expectativa de colaborar com instituições de Shanghai para impulsionar a "cooperação Sul-Sul" entre Brasil e China.
As recentes visitas mútuas entre os líderes de Estado injetaram novo ímpeto na estreita cooperação entre China e Brasil, enquanto ciência, tecnologia e inovação se firmam como pilares centrais das relações bilaterais, afirmou Lucas Oliveira Barbosa Lima, Cônsul-Geral Adjunto do Brasil em Shanghai e chefe do setor de ciência, tecnologia e inovação, no seu discurso de abertura.
Além disso, os dois realizaram com êxito um outro evento de diálogo "Cooperação em IA e Centros de Dados", reunindo especialistas, acadêmicos e representantes empresariais de ambos os países. Os participantes concordaram unanimemente que China e Brasil apresentam elevada complementaridade em áreas como cidades inteligentes, tecnologia agrícola, monitoramento ambiental e gestão energética, revelando enorme potencial para cooperação em IA.
Essas intensas interações científicas e tecnológicas - do confronto nas arenas robóticas ao diálogo aprofundado sobre governança inteligente e tecnologias avançadas - comprova que ciência, tecnologia e inovação se tornaram motores centrais para elevar a parceria estratégica abrangente China-Brasil a patamares superiores.