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Laços comerciais China-EUA são cruciais para o crescimento global

Fonte: Diário do Povo Online    06.08.2025 10h59

O crescimento econômico da China é fundamental e vital para a prosperidade global, e é essencial e significativo que os Estados Unidos e a China mantenham uma relação comercial estável, de acordo com um importante líder empresarial.

Rajesh Subramaniam, CEO da empresa de logística americana FedEx Corp e presidente do Conselho Empresarial EUA-China (USCBC, na sigla em inglês), disse que, em um mundo marcado por rápidas mudanças e crescente incerteza geopolítica, o conselho acolhe com satisfação o diálogo contínuo e os resultados positivos alcançados pelas equipes de consultoria econômica e comercial dos EUA e da China.

Seus comentários seguem uma recente visita de uma delegação do conselho da USCBC a Beijing, durante a qual representantes de grandes empresas americanas, incluindo Apple, Boeing, Goldman Sachs e Otis, buscaram fortalecer os laços comerciais bilaterais e defender um ambiente estável e previsível para as empresas americanas que operam na China.

A visita destacou um sentimento mais amplo entre empresas globais e americanas que continuam a considerar a China um mercado crítico devido à sua vasta base de consumidores, foco consistente em crescimento de alta qualidade, sistema industrial e redes de cadeia de suprimentos bem desenvolvidos.

Em meio à queda do investimento transfronteiriço global, um número crescente de empresas estrangeiras considera a China um destino de investimento ideal, seguro e promissor. O número de empresas com investimento estrangeiro e negócios de comércio exterior na China atingiu 75.000 no primeiro semestre de 2025, o maior nível para o mesmo período desde 2021, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas.

Enfatizando a importância da China para a competitividade global de muitas empresas americanas, Subramaniam adiantou que a FedEx, que opera mais de 300 voos internacionais semanais de e para a China, continuará investindo em cadeias de suprimentos mais inteligentes por meio de inovação digital, plataformas baseadas em dados e inteligência artificial no país.

Um relatório divulgado em meados de julho pela USCBC mostrou que cerca de 82% das empresas associadas pesquisadas relataram operações lucrativas na China em 2024, uma melhora em comparação com os dois anos anteriores. Quase todos os entrevistados também afirmaram que não podem permanecer competitivos globalmente sem suas operações na China.

De acordo com o Ministério do Comércio, a China e os EUA concordaram em continuar pressionando por uma extensão da suspensão das tarifas recíprocas de 24% do lado americano, bem como por contramedidas do lado chinês, após sua última rodada de negociações comerciais na semana passada em Estocolmo, Suécia.

He Yadong, porta-voz do ministério, afirmou na semana passada que a China espera trabalhar com os EUA para alavancar plenamente o papel do mecanismo bilateral de consulta econômica e comercial e buscar resultados mais vantajosos para ambas as partes.

Subramaniam acredita que a China enviou um forte sinal ao mundo de seu compromisso em avançar ainda mais na reforma e na abertura. "Isso ajudou a impulsionar a confiança do mercado", avaliou ele.

Chen Jianwei, pesquisador da Academia de Estudos de Economia Aberta da China da Universidade de Negócios e Economia Internacionais, em Beijing, observou que os esforços contínuos da China em modernização industrial, transformação verde e maior abertura estão criando oportunidades de longo prazo para empresas estrangeiras em áreas como manufatura de ponta, mobilidade inteligente e setores relacionados a serviços.

"Esses esforços estão contribuindo para o crescimento econômico global e a estabilidade da cadeia de suprimentos, reforçando o papel da China como um motor fundamental da economia mundial", disse Chen.

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