Por Wen Zhiyuan
Hong Kong e Macau constituem portais importantes para o intercâmbio entre a China e o resto do mundo. Os navios movimentados no Estuário do Rio das Pérolas e as velas içadas na Hidrovia da Porta do Cruzeiro testemunharam a jornada notável da abertura da China. Desde o retorno à Pátria, sob o sistema Um País, Dois Sistemas, estas duas cidades vêm-se transformando em centros e pontes ainda mais proeminentes, com a sua conectividade com o mundo a fortalecer-se a cada dia. Hong Kong faz parte de mais de 100 organizações internacionais, está abrangido por mais de 280 acordos multilaterais, e é a cidade com o segundo maior número de consulados estrangeiros no mundo. Conhecida como a Pérola do Oriente, Hong Kong tem o orgulho pela sua coroa de “centro internacional de finanças, transporte e comércio”. Macau, por sua vez, mantém laços económicos e comerciais estáveis com mais de 120 países e regiões e é membro de mais de 190 organizações e instituições internacionais. Os títulos como “Cidade Criativa da Gastronomia” e “Cidade da Cultura do Leste Asiático” tornaram-se o cartão de visita dourado da cidade. Graças à abertura, Hong Kong e Macau sempre encantam o mundo com o seu charme singular.
A filosofia chinesa de abertura traduz-se num abraço ao mundo e num avanço conjunto, conferindo continuamente dinamismo ao desenvolvimento económico e social. Traço distintivo de Um País, Dois Sistemas, o conceito de abertura pertence não apenas à China mas também ao mundo. Ele materializa tanto a sabedoria chinesa de inclusividade como o seu espírito de buscar terreno e desenvolvimento comuns enquanto deixa de lado as diferenças, e oferece soluções chinesas em prol da paz e do desenvolvimento do mundo.
Atualmente, transformações nunca vistas num século aceleram-se, e o mundo está num novo período de turbulência e mudanças. Diante do crescente unilateralismo e protecionismo, e da sombra de guerra tarifária e comercial, como a China seguirá o seu caminho?
As novas plataformas para a cooperação internacional e os bens públicos que a China oferece surgem como uma luz brilhante no horizonte. Face às indagações colocadas pelo mundo — O que se passa com o mundo e como respondemos? A China respondeu com ações concretas: salvaguarda e desenvolve uma economia mundial aberta, promove a formação de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade, e as três iniciativas globais apresentadas pela China — Iniciativa para o Desenvolvimento Global, Iniciativa para a Segurança Global e Iniciativa para a Civilização Global, têm o apoio de mais de 100 países. A Iniciativa Cinturão e Rota, proposta chinesa que já se tornou prática internacional, conta com a participação de mais de 3/4 dos países do mundo, dá ímpeto à economia dos países parceiros e serve como novo motor do comércio global em prol de um mundo aberto, inclusivo e interconectado para o desenvolvimento comum.
A abertura institucional dissipa os nevoeiros como uma brisa refrescante. Enquanto alguns países se viciam em construir “pequenos quintais com muros altos” e provocar o desacoplamento e ruptura da cadeia de suprimentos, a China mantém as suas portas abertas a empresas de todo o mundo para investirem e operarem nesta terra promissora. Promoveu a plena implementação do Acordo da Parceria Económica Abrangente Regional, removeu totalmente as restrições ao acesso de investimentos estrangeiros ao setor manufatureiro, e oferece a todos os Países Menos Desenvolvidos que têm relações diplomáticas com a China o tratamento de taxas alfandegárias zero para 100% dos produtos deles. Os sistemas e políticas de proteção de propriedade intelectual e de participação equitativa em compras governamentais são continuamente aprimorados; zonas-piloto e porto de livre comércio foram estabelecidos sucessivamente; e a Exposição Internacional para a Importação da China tem reunido produtos de qualidade e convidados de destaque de todo o mundo por sete anos consecutivos…Da facilitação contínua do acesso ao mercado à expansão do comércio exterior, da melhoria do ambiente de negócios ao alinhamento com padrões internacionais elevados económico e comercial, a China nunca cessará os seus passos firmes rumo a uma abertura de alto padrão.
O intercâmbio cultural e entre os povos dissolvem barreiras como chuva que molha a terra seca. A lista de isenção unilateral de vistos da China tem incluído cada vez mais países, enquanto dar um citywalk (passeio urbano) na China se afirma como nova moda entre os visitantes estrangeiros. Criadores de conteúdo do TikTok vêm “migrando” para a plataforma chinesa Xiaohongshu(Rednote), e o influenciador norte-americano IShowSpeed demonstrou ao mundo a sua viagem via transmissões ao vivo. Exemplos que ilustram de forma vívida como os estrangeiros usufruem de produtos de melhor qualidade, opções mais diversificadas de consumo e serviços mais convenientes que a China oferece com a sua abertura e inovação. Romances digitais, jogos online, telenovelas e produções cinematográficas chinesas também têm conquistado cada vez mais uma audiência global maior. O jogo eletrónico Black Myth: Wukong entusiasma jogadores internacionais com o seu icónico bastão do Rei Macaco, enquanto a figura lendária da mitologia chinesa Nezha se vê nos ecrãs em todos os cantos do mundo. Obras literárias digitais chinesas integram permanentemente o acervo chinês na Biblioteca Britânica, e leitores globais aguardam ansiosamente novos conteúdos. Estes fenómenos, profundamente ligados à civilização milenar chinesa, interpretam o seu espírito aberto, fomentando uma genuína apreciação mútua entre culturas diversas.
A abertura conduz ao progresso, enquanto o isolamento leva ao atraso. A cooperação e a abertura representam a tendência inevitável histórica, e o benefício mútuo e os ganhos partilhados correspondem à aspiração dos povos. A China posiciona-se no lado correto da história e do progresso da civilização humana. Abraçando o mundo com portas abertas, a filosofia de abertura inerente a Um País, Dois Sistemas tem infundido perenemente novo dinamismo no desenvolvimento de Hong Kong e Macau, e irá continuar, sem dúvida, a fornecer um grande impulso para a paz e o desenvolvimento do mundo.
(O autor é comentarista de assuntos em relação a Macau.)