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Brasil busca novos mercados após sanções comerciais dos Estados Unidos, afirma ministro da Agricultura

Fonte: Xinhua    11.07.2025 13h24

O governo brasileiro anunciou na quinta-feira que intensificará seus esforços diplomáticos e comerciais para abrir novos mercados em resposta à decisão do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, descreveu a medida anunciada na véspera por Trump como "indecente" e afirmou que o governo brasileiro está "agindo de forma proativa" para buscar outros mercados.

"Telefonei para as principais entidades representativas dos setores mais afetados, o setor de suco de laranja, o setor de carne bovina e o setor de café, para que possamos, juntos, ampliar as ações que já estamos realizando nos dois anos e meio do governo do presidente Lula", informou o ministro.

"Neste momento, vou reforçar essas ações, buscando os mercados mais importantes do Oriente Médio, do Sul Asiático e do Sul Global, que têm grande potencial consumidor e podem ser uma alternativa para as exportações brasileiras", disse Fávaro.

"Estamos trabalhando juntos para ampliar as ações que já vínhamos realizando nestes dois anos e meio de governo do Presidente Lula: ampliar mercados, reduzir barreiras comerciais e gerar oportunidades de crescimento para a agricultura brasileira", afirmou.

"Queremos transformar essa adversidade em uma oportunidade para consolidar nossa presença em mercados onde o Brasil já é visto como um fornecedor confiável de alimentos", disse Fávaro.

A estratégia do Ministério da Agricultura inclui acelerar a diversificação dos destinos do comércio, política que o governo do Presidente Lula vem promovendo desde o início de seu mandato.

O governo brasileiro acredita que a ofensiva tarifária anunciada por Washington não só carece de fundamento econômico, como também se insere em um contexto político adverso que deve ser enfrentado por meio do diálogo internacional e do fortalecimento de alianças comerciais mais equilibradas.

Entre os produtos do agronegócio brasileiro mais exportados para os Estados Unidos estão açúcar, café, suco de laranja e carne. A imposição de uma tarifa de 50% pode comprometer seriamente a competitividade desses produtos no mercado americano.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) já alertou que as novas tarifas tornarão a carne bovina brasileira inviável para o mercado americano devido ao aumento do custo final do produto.

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