O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, condenou, em entrevista coletiva neste domingo (22) em Istambul, capital da Turquia, veementemente a “bárbara” agressão militar dos Estados Unidos contra as instalações nucleares pacíficas do país. Araghchi afirmou que o ataque é uma violação sem precedentes dos princípios fundamentais da Carta da ONU e do Direito Internacional. Segundo o diplomata, os EUA devem ser responsabilizados pelas “consequências desse ataque perigoso”.
O chanceler iraniano disse que o Irã continuará a defender sua soberania e seu povo e tomará todas as medidas necessárias para proteger o país das agressões militares dos EUA e dos ataques israelenses.
Araghchi apelou ao secretário-geral da ONU, à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a todas as instituições envolvidas para que ajam diante da violação do Direito Internacional. Ele ressaltou que o Irã está enfrentando a agressão e que, no âmbito do direito à autodefesa, responderá conforme necessário e no momento apropriado.
Na manhã deste domingo (22), hora local, durante uma nova rodada de ataques contra Israel, o Irã utilizou pela primeira vez o míssil “Khaibar”, que provavelmente se refere ao “Khorramshahr-4”, míssil balístico de longo alcance previamente apresentado pelo Irã. Segundo a imprensa iraniana, o “Khorramshahr-4” é considerado o míssil mais destrutivo do arsenal iraniano.
