Em resposta às recentes declarações da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre as políticas industriais da China, o Ministério das Relações Exteriores chinês expressou na quarta-feira forte insatisfação e firme oposição, classificando as declarações como factualmente imprecisas e repletas de preconceito e duplicidade de critérios.
O porta-voz, Guo Jiakun, fez as declarações durante uma coletiva de imprensa regular, em resposta a uma pergunta da mídia sobre as declarações de von der Leyen na cúpula do G7 em 16 de junho.
A política de subsídios industriais da China segue os princípios de abertura, justiça e conformidade com as regras, e cumpre rigorosamente as regras da Organização Mundial do Comércio, disse Guo, acrescentando que o desenvolvimento industrial da China depende de inovação tecnológica contínua, um sistema abrangente de produção e cadeias de suprimentos, plena concorrência de mercado e recursos humanos abundantes, impulsionados por capacidades genuínas, não por subsídios.
Guo afirmou que a nova capacidade de produção de energia da China contribuiu significativamente para a luta global contra as mudanças climáticas e a transição energética.
Ele observou que a alegada questão do "excesso de capacidade" é essencialmente um reflexo das preocupações de alguns países com sua própria competitividade e participação de mercado, e que eles pretendem usar isso como pretexto para justificar medidas protecionistas.
O porta-voz destacou que, nos últimos anos, a UE tem introduzido continuamente políticas industriais que oferecem um grande volume de subsídios para apoiar as empresas europeias, tendo até proposto publicamente priorizar a compra de produtos europeus.
De 2021 a 2030, a UE fornecerá mais de 1,44 trilhão de euros em diversos subsídios, e mais de 300 bilhões de euros foram efetivamente emitidos até 2024, observou Guo, citando estatísticas incompletas.
Atualmente, enquanto a UE se esforça para promover o crescimento econômico e aumentar a competitividade, ela deve abandonar os padrões duplos e adotar maior abertura e cooperação, disse Guo.
Nos últimos 50 anos, desde o estabelecimento das relações diplomáticas, a cooperação China-UE alcançou resultados frutíferos e trouxe benefícios tangíveis para ambas as partes, afirmou o porta-voz, acrescentando que a adesão da China à abertura de alto nível para o mundo exterior continuará a proporcionar às empresas europeias um amplo mercado e oportunidades de desenvolvimento.
A China está disposta a aprimorar a comunicação e a coordenação com a parte europeia e a lidar adequadamente com as diferenças comerciais para alcançar resultados mutuamente benéficos e o desenvolvimento comum, afirmou Guo. Ao mesmo tempo, enfatizou que a China se opõe firmemente a qualquer tentativa de comprometer seu direito ao desenvolvimento ou sacrificar seus interesses em prol de interesses egoistas.