O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone na última sexta-feira com o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse que o presidente chinês, Xi Jinping, e seu homólogo francês, Emmanuel Macron, conversaram por telefone recentemente, chegando a um importante consenso sobre o fortalecimento da coordenação estratégica entre os dois países.
Ambos os lados devem se preparar para os intercâmbios em todos os níveis na próxima etapa, e a China dá as boas-vindas a altos representantes franceses na Conferência Mundial de Inteligência Artificial em Shanghai em 2025.
Observando que os dois lados chegaram a um consenso sobre a resolução de questões econômicas e comerciais por meio do diálogo e da consulta, Wang enfatizou a necessidade de melhorar os intercâmbios interpessoais, culturais e educacionais entre os dois países, de modo a promover o desenvolvimento sólido da parceria estratégica abrangente China-França e das relações China-UE.
Wang disse que a China e a França, ambas mantendo uma tradição de independência e autonomia, devem aumentar a confiança mútua estratégica e respeitar os interesses centrais um do outro.
Ele enfatizou que a questão de Taiwan é um assunto interno da China relativo à soberania nacional e integridade territorial do país, que é fundamentalmente diferente da questão da Ucrânia. A China atribui grande importância ao compromisso da França com a política de Uma Só China, disse ele, acrescentando que a China acredita que a França transformará esse compromisso em prática.
Wang expressou a esperança da China de que a França mantenha a posição correta e se oponha à interferência da OTAN nos assuntos da Ásia-Pacífico, enfatizando que os dois países devem defender conjuntamente o multilateralismo e salvaguardar o livre comércio, ao mesmo tempo em que se opõem às práticas unilaterais de intimidação.
Por sua vez, Barrot disse que o vice-presidente chinês, Han Zheng, é bem-vindo para participar da Conferência dos Oceanos da ONU na França, observando que as relações França-China estão se tornando mais importantes para o mundo de hoje em crescente incerteza.
A França sempre considera a China como amiga e parceira, adere firmemente à política de Uma Só China e espera manter intercâmbios de alto nível e uma comunicação estratégica próxima com a China, disse ele.
O fortalecimento dos intercâmbios culturais e interpessoais entre os dois lados enviará um forte sinal de abertura, o que é de grande importância no momento, disse Barrot, acrescentando que a França se opõe a guerras comerciais e tarifárias e está disposta a continuar a resolver adequadamente os atritos econômicos e comerciais por meio de consultas.
Os dois lados também trocaram opiniões sobre questões relativas à Ucrânia, Palestina e Israel, bem como ao programa nuclear do Irã.