O homem que venceu as eleições federais alemãs em fevereiro e passou as semanas seguintes construindo uma potencial coalizão governista foi finalmente eleito chanceler na terça-feira (6), após um contratempo de última hora ameaçar inviabilizar seus planos.
Friedrich Merz, líder da conservadora União Democrata Cristã (CDU, na sigla em inglês), vinha construindo uma aliança política com o Partido Social-Democrata, de centro-esquerda, desde a eleição. Era para ser uma aliança capaz de lhe dar os votos necessários para governar o país sem problemas por meio de um governo de coalizão.
No entanto, numa reviravolta inesperada, apesar de os dois partidos terem assinado um acordo de coalizão na segunda-feira (5), Merz inicialmente não obteve o apoio necessário numa votação parlamentar que deveria ter sido uma formalidade e terminar com sua nomeação como chanceler da maior economia da Europa.
Ao assinar o acordo de coalizão, Merz reconheceu que os dois partidos não concordam em tudo, mas afirmou: "É nosso dever histórico fazer deste governo um sucesso".
A coalizão deveria ter concedido a Merz uma maioria de 12 cadeiras no parlamento, mas alguns parlamentares não votaram como esperado no primeiro turno e, precisando de 316 votos dos 630 assentos do parlamento, Merz inicialmente obteve apenas 310.
A derrota por seis votos no escrutínio secreto parece ter sido atribuída à oposição dos sociais-democratas, que desaprovavam a aliança com a CDU.
O drama foi logo resolvido, com uma nova votação à tarde, na qual Merz recebeu 325 votos, com uma maioria de nove.
O presidente alemão Frank-Walter Steinmeier posteriormente nomeou Merz chanceler, marcando oficialmente o início de seu mandato.
![]() |