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Metade dos brasileiros acredita que políticas comerciais de Trump estão prejudicando economia do país

Fonte: Xinhua    21.04.2025 09h05

Metade da população acredita que as políticas comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump, estão impactando negativamente a economia do país, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo instituto de pesquisa Ipsos-Ipec.

Os resultados mostram que 50% dos entrevistados consideram as medidas comerciais promovidas por Trump como prejudiciais ao Brasil. Essa percepção é ainda mais pronunciada entre aqueles que votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, com 58%. Mesmo entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, uma maioria relativa - 43% - compartilha dessa opinião, disse Márcia Cavallari, diretora da Ipsos-Ipec.

A insatisfação coincide com o anúncio de Trump em 2 de abril, quando ele impôs novas tarifas sobre produtos de 185 países, incluindo o Brasil. Embora o país sul-americano tenha sido incluído com uma tarifa mínima de 10%, o presidente dos EUA suspendeu a medida por 90 dias.

O governo brasileiro adotou uma postura baseada no diálogo para administrar a situação por via diplomática. No entanto, Lula sancionou recentemente a chamada Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso como uma possível resposta às ações comerciais de Trump ou de outras nações. Até o momento, o Brasil não tomou nenhuma medida concreta para taxar a importação de produtos norte-americanos.

Além dos efeitos econômicos, a pesquisa também abordou a percepção geral dos brasileiros sobre o governo Trump. Quarenta e nove por cento acreditam que sua administração tem um impacto negativo no Brasil, em comparação a 29% que o veem como positivo e 2% disseram que eram indiferentes.

Em relação ao impacto de Trump em seu próprio país, 21% dos brasileiros acreditam que seu governo é "terrível" para os americanos, 19% o consideram "bom" e outros 19% o classificam como "razoável".

A pesquisa, realizada entre 3 e 7 de abril, ouviu 2 mil pessoas maiores de 16 anos em 131 municípios do país e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

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