Em relação à pergunta sobre se a China está disponível para negociar com os EUA sobre questões de tarifas, a porta-voz do Ministério do Comércio, He Yongqian, afirmou no dia 10 de abril que a posição da China é clara e consistente. Se for para negociar, as portas estão abertas, mas o diálogo deve ocorrer com base no respeito mútuo e de forma igualitária. Se for para lutar, a China também estará pronta até o fim.
Durante a coletiva de imprensa regular do Ministério do Comércio, He Yongqian declarou que espera que os EUA se aproximem da China de forma recíproca, com base nos princípios de respeito mútuo, convivência pacífica e cooperação para o benefício de ambos, resolvendo as divergências por meio de diálogo e negociação.
"Nós não procuramos conflitos, mas também não temos medo deles. O direito legítimo ao desenvolvimento do povo chinês e das pessoas ao redor do mundo não pode ser privado, e os interesses de soberania, segurança e desenvolvimento da China e de todos os países não podem ser violados", vincou.
He Yongqian afirmou ainda que uma guerra comercial não tem vencedores e que o protecionismo não leva a nenhum caminho. Se os EUA insistirem em sua postura, a China continuará a enfrentar essa situação até o fim. "Nós nunca aceitaremos a pressão extrema e os atos de bullying por parte dos EUA, e tomaremos medidas resolutas para defender nossos direitos legítimos", declarou.
Ele observou também que tanto a sociedade americana quanto a comunidade internacional expressaram forte oposição às medidas de "tarifas de reciprocidade" adotadas pelos EUA. A China pede que os EUA removam rapidamente as tarifas unilaterais e retornem ao caminho correto de resolver as divergências por meio do diálogo igualitário.
He Yongqian ressaltou que, recentemente, os EUA têm imposto tarifas abusivas a todos os seus parceiros comerciais, incluindo a China, o que fere gravemente as regras internacionais e os princípios de justiça e equidade. O governo chinês, juntamente com outras economias relevantes do mundo, condena veementemente essa ação.
"A pressão e as ameaças não resolvem o problema, e os EUA devem regressar à mesa de diálogo justo. A China já tomou e continuará a tomar medidas decisivas para proteger seus interesses de soberania, segurança e desenvolvimento".
He Yongqian afirmou ainda que as tarifas abusivas impostas pelos EUA à China violam os direitos legítimos do país, prejudicam o comércio bilateral e afetam negativamente as empresas de comércio externo da China. "Nós vamos seguir firmemente nosso próprio caminho, utilizando a 'certeza' da China para neutralizar a 'incerteza' do ambiente externo".
He também destacou que o governo chinês ajudará as empresas dedicadas ao comércio exterior a explorarem o mercado doméstico, utilizando políticas de troca de produtos de consumo antigos por novos e organizando atividades como a promoção de produtos de alta qualidade no comércio exterior, intensificando o trabalho de integração entre comércio interno e externo.
"Podemos constatar que o potencial do imenso mercado da China está sendo constantemente liberado, e que as políticas de estabilização da economia e do comércio exterior continuam a ser implementadas com vigor. O comércio externo da China tem confiança e a capacidade para enfrentar vários desafios e riscos", concluiu He Yongqian.