O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, na quinta-feira em Beijing.
Na atual situação internacional, a China e a França -- como grandes países independentes, maduros e responsáveis -- devem fortalecer a comunicação e a coordenação para injetar mais estabilidade e certeza no desenvolvimento comum dos dois países e do mundo, disse Li.
Ele disse que a China está disposta a trabalhar com a França para seguir a orientação estratégica de seus dois chefes de Estado, manter estreitos intercâmbios de alto nível, expandir a cooperação mutuamente benéfica e fortalecer a coordenação multilateral em questões como a resposta às mudanças climáticas para trazer mais benefícios aos dois povos e ao mundo.
Li observou que, como defensores firmes do livre comércio e do multilateralismo, a China e a França, com interesses econômicos intimamente interligados, devem trabalhar juntas para resistir ao protecionismo e ao unilateralismo, continuar fortalecendo a cooperação com uma atitude aberta e aproveitar ao máximo suas vantagens complementares para adicionar ímpeto ao desenvolvimento econômico dos dois países.
A China sempre considerou a França um importante parceiro de cooperação e está pronta para trabalhar com o país. Ao fortalecer a cooperação de longa data em aviação, aeroespaço e energia nuclear, os dois países devem explorar continuamente o potencial de cooperação em indústrias emergentes e futuras, como economia digital, inteligência artificial e biotecnologia, para promover e fortalecer novos motores econômicos, disse Li.
A China espera que a França crie um ambiente de desenvolvimento justo, equitativo e previsível para as empresas chinesas que investem no país, acrescentou.
Este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento de laços diplomáticos entre a China e a União Europeia (UE). A China está pronta para usar isso como uma oportunidade para aprofundar as relações bilaterais e abordar as preocupações por meio do diálogo e da consulta com base no respeito mútuo, igualdade e benefícios mútuos, disse Li, expressando a esperança de que a França desempenhe um papel positivo nesse sentido.
Barrot disse que, diante das crescentes incertezas no mundo de hoje, a França e a China -- como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU -- devem assumir sua importante responsabilidade conjunta de salvaguardar o multilateralismo.
A França atribui grande importância às suas relações com a China e está disposta a trabalhar com a China para implementar ativamente o importante consenso alcançado por seus dois chefes de Estado, expandir a cooperação mutuamente benéfica em áreas como comércio, investimento, ciência e tecnologia e enfrentar as mudanças climáticas e outros desafios globais, disse Barrot.
A França sempre adere à independência estratégica e se opõe ao protecionismo comercial e às guerras comerciais. A França apoia a UE e a China no fortalecimento do diálogo e da cooperação nos campos econômico e comercial, na abordagem das preocupações de ambos os lados de maneira adequada e na exploração de mais agendas positivas, disse ele.
