Uma demonstração de robô cirúrgico é feita durante a Conferência de Equipamentos Médicos e Exposição de Equipamentos Médicos da China 2025 realizada no Centro Internacional de Exposições de Chongqing, no município de Chongqing, sudoeste da China, em 14 de março de 2025. (Foto: Wang Quanchao/Xinhua)
De um console em Shanghai, o cirurgião francês Youness Ahallal guiou braços robóticos no Marrocos com precisão em tempo real, removendo delicadamente o tumor de um paciente.
Apesar da impressionante distância de 12.000 quilômetros entre eles, o robô cirúrgico Toumai desenvolvido internamente na China superou a divisão geográfica para tornar a cirurgia transcontinental uma realidade.
"Com técnicas de telecomunicações, o robô Toumai permite imagens de alta definição em tempo real e controle preciso dos braços robóticos a uma longa distância", afirmou Liu Yu, vice-presidente executivo da Shanghai Microport Medbot (Group) Co., Ltd, desenvolvedora do robô.
Essa inovação permite que pacientes em regiões carentes acessem conhecimento médico de classe mundial sem passar por viagens exaustivas entre fronteiras. "O sistema também revoluciona os fluxos de trabalho cirúrgicos para médicos", enfatizou Liu. "Anteriormente, a realização de operações entre regiões exigia viagens e coordenação extensas. Agora, os especialistas podem operar remotamente com alta eficiência."
Até o momento, a plataforma Toumai concluiu cerca de 300 operações remotas, mantendo um histórico de segurança impecável.
O Toumai Robot exemplifica a rápida ascensão da China como pioneira em inovação médica inteligente. Na Exposição de Equipamentos Médicos da China 2025 em Chongqing, no sudoeste da China, sistemas cirúrgicos com tecnologia de IA, plataformas de diagnóstico aprimoradas por aprendizado profundo e dispositivos robóticos conectados à nuvem dominaram a mostra.
"O Toumai Robot se concentra em cirurgias minimamente invasivas. Ele rompe os limites das mãos dos cirurgiões ao filtrar seu tremor fisiológico, o que torna as cirurgias mais fáceis, seguras e menos invasivas", disse Liu aos fluxos de visitantes no estande da empresa.
Alguns equipamentos médicos podem ajudar os médicos a tomar decisões. A Longwood Valley MedTech, sediada em Beijing, trouxe seu robô cirúrgico inteligente ortopédico ROPA com recursos de aprendizado profundo para a exposição.
"Este robô pode ser usado em operações de substituição de articulações e coluna, pois utiliza IA para reconstruir imagens tridimensionais das articulações dos pacientes com imagens de Tomografia Computadorizada, com base nas quais os médicos podem simular operações e fazer planos pré-operatórios", explicou Chen Peng, vice-presidente da Longwood Valley MedTech.
Geralmente, leva um dia para um engenheiro fazer uma imagem tridimensional, em comparação com apenas um a três minutos pela IA, acrescentou Chen.
Chen observou que o robô reduz o tempo de operação em cerca de 30% em média. Menos tempo de operação significa menos duração da anestesia, exposição e possíveis complicações.
O robô não serve apenas como um "cérebro" poderoso, mas também como "mãos" inteligentes. Durante as operações, o posicionamento óptico de precisão submilimétrica garante a execução precisa de cada etapa crítica dos planos pré-operatórios. Braços robóticos estáveis ajudam os médicos a superar limitações tradicionais, como tremores nas mãos.
Em 2024, o tamanho do mercado de equipamentos médicos da China ultrapassou 1,35 trilhão de yuans (cerca de 188,2 bilhões de dólares americanos), segundo dados divulgados durante a exposição.
Os equipamentos médicos estão na vanguarda da inovação tecnológica, então esforços devem ser feitos para impulsionar a transformação digital e inteligente da indústria de equipamentos médicos, disse Xin Guobin, vice-ministro da indústria e tecnologia da informação, ao discursar no evento no sábado (15).
"É importante acelerar a integração profunda de tecnologias emergentes como 5G e IA com equipamentos médicos e desenvolver cenários de aplicação inovadores, incluindo sistemas de diagnóstico inteligentes e plataformas de consulta médica remota", disse Xin.
