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Parceria pesqueira de 40 anos da China com Guiné-Bissau beneficia ambas

Fonte: Xinhua    11.03.2025 09h04

Na Guiné-Bissau, na costa atlântica da África Ocidental, sete navios pesqueiros, incluindo o Yuanyu 884, zarparam do porto enquanto os funcionários da China National Fisheries Corporation (CNFC) ajustam os equipamentos.

Qi Lianghua, capitão do navio, tem 54 anos e trabalha na Guiné-Bissau há 28. Ele disse que há 101 chineses e 127 estrangeiros nessa viagem, que durará 11 meses. "A tripulação come peixe o tempo todo quando embarcada, e há uma alegria a bordo toda vez que um navio de suprimentos traz vegetais frescos."

A Guiné-Bissau possui uma das áreas pesqueiras mais importantes do Oceano Atlântico, com uma zona econômica exclusiva marinha de cerca de 70 mil quilômetros quadrados, rica em frutos-do-mar, como peixes, camarões, lagostas, caranguejos e moluscos, com uma captura anual de 300 mil a 350 mil toneladas.

Como o país ainda não tem seus próprios navios de pesca em águas longínquas, a emissão de licenças de pesca para navios de pesca estrangeiros tornou-se uma de suas principais fontes de divisas.

Em agosto de 1984, o governo chinês assinou um acordo de cooperação pesqueira com o governo da Guiné-Bissau, e o primeiro lote da frota pesqueira em alto-mar enviada pela CNFC chegou à Guiné-Bissau em maio de 1985.

Após quase 40 anos, a representação da CNFC na Guiné-Bissau agora tem 15 navios e 242 empregados chineses e estrangeiros. Até o momento, a empresa contratou e treinou mais de mil tripulantes locais e gerentes, e ensina ativamente técnicas modernas de pesca aos pescadores locais.

Pedro Augusto, tripulante guineense do Yuanyu 892, disse: "Trabalho com navios de pesca chineses há muito tempo, e a tripulação chinesa é muito paciente e me ensinou muitas técnicas avançadas de pesca, e meu salário é suficiente para cobrir as despesas da minha família. Sou muito feliz".

Em maio de 2023, o Porto de Pesca Artesanal do Alto Bandim, doado pela China, foi oficialmente entregue à Guiné-Bissau. O complexo de processamento e armazenamento de produtos aquáticos construído pela CNFC, localizado perto do porto, entrou em operação no mesmo ano, cobrindo uma área de 4 mil metros quadrados. Desde então, a fábrica fornece peixe a preços acessíveis para a população da Guiné-Bissau.

"A pesca é um dos setores fundamentais da Guiné-Bissau, e o apoio da China possibilitou que os recursos pesqueiros do nosso país beneficiassem verdadeiramente a população", disse Issumaila Djalo, funcionário da representação da CNFC na Guiné-Bissau.

Em março de 2024, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Rui Duarte de Barros, compareceu à fábrica da CNFC e entregou à empresa chinesa um certificado de honra. Ele disse que a cooperação pesqueira com a CNFC é um exemplo de cooperação econômica e comercial entre os dois países e é digna de ser estudada por todos os parceiros do governo da Guiné-Bissau.

Sun Zhixiang, gerente-geral da representação da CNFC, disse ficar muito feliz com o certificado: "A Guiné-Bissau é a minha segunda terra natal, e continuarei a criar raízes aqui e a fazer maiores contribuições para promover o desenvolvimento da economia azul na Guiné-Bissau e aprofundar a amizade entre os dois povos."

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