O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, abordou a crise na Ucrânia na coletiva de imprensa sobre temas diplomáticos da terceira sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional.
Wang Yi afirmou que, desde o primeiro dia da crise, a China defende o diálogo e as negociações para buscar uma solução política, esforçando-se ativamente para promover a paz e facilitar as conversações.
No início do conflito, o presidente Xi Jinping apresentou a importante proposta dos "quatro deveres", a qual delineou a direção dos esforços chineses. Com base nisso, a China publicou um documento sobre sua posição na crise da Ucrânia, destacou enviados especiais para diplomacia itinerante e, juntamente com o Brasil e outros países do Sul Global, lançou na ONU a iniciativa "Amigos da Paz".
A posição da China sempre foi objetiva e imparcial, transmitindo uma mensagem equilibrada e racional, com o objetivo de criar condições e reunir consensos para a resolução da crise.
Wang Yi destacou que a China acolhe e apoia todos os esforços em prol da paz. Ao mesmo tempo, é necessário reconhecer que as raízes desta crise são complexas, pois "três palmos de gelo não se formam num só dia", e sua dissolução também não será imediata.
No entanto, o conflito não pode ter vencedores, do mesmo modo que a paz não terá perdedores. A mesa de negociações é o ponto final do conflito e o ponto de partida da paz. Apesar das divergências entre as partes, todos desejam alcançar um acordo de paz justo, duradouro, vinculativo e aceito por todos os envolvidos — um consenso precioso que deve ser o objetivo comum.
A China está disponível, com base na vontade das partes envolvidas, para continuar desempenhando um papel construtivo junto da comunidade internacional para resolver a crise e alcançar uma paz duradoura.
Por fim, Wang Yi afirmou que, após mais de três anos de conflito, é evidente que essa tragédia poderia ter sido evitada. Todas as partes devem tirar lições da crise: a segurança é mútua e igualitária. A segurança de um país não pode ser construída à custa da insegurança de outro. É necessário defender e implementar um novo conceito de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável, para alcançar uma paz duradoura na Eurásia e em todo o mundo, concluiu.