O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira no Palácio do Planalto os presidentes eleitos da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Partido Republicano, e do Senado, Davi Alcolumbre, da União Brasil. Ambos tomaram posse no último sábado para mandatos de dois anos, até fevereiro de 2027.
Durante uma declaração à imprensa ao lado de Motta e Alcolumbre, Lula afirmou ser "amigo" dos dois e disse que ambos "não terão problema na relação" com o Executivo.
"Estou aqui com Davi Alcolumbre, eleito presidente do Senado com 73 votos, com meu colega Hugo Motta, eleito presidente da Casa com 444 votos. Estou muito feliz. Primeiro, porque sou amigo de ambos, conheço seu comprometimento democrático. E eu quero dizer a vocês que não terão problemas no relacionamento com o Poder Executivo", disse ele.
O presidente disse ainda que considera fundamental o sucesso de Motta e Alcolumbre na liderança do Congresso, pois representará avanços tanto para o governo quanto para o país.
"Estou convencido de que em dois anos poderemos, com muito orgulho, constatar que a democracia foi restaurada em sua totalidade", disse ele.
O presidente Lula disse ainda que não enviará projetos de lei ao Congresso sem antes conversar com as principais figuras do Legislativo.
"Tenho certeza de que nossa convivência será um exemplo, um exemplo para o futuro e um exemplo para aqueles que hoje constroem o presente e muitas vezes não querem entender a necessidade da convivência democrática. Tenho certeza de que nosso relacionamento será um exemplo de fortalecimento da democracia brasileira. Cada um sabe exatamente o seu papel", disse ele.
Hugo Motta também destacou a importância da cooperação entre as potências. Ele defendeu a harmonia entre os poderes Legislativo e Executivo.
"A Câmara dos Deputados estará à disposição para construir uma agenda positiva para o país. Nossa Constituição estabelece que os poderes devem ser independentes e harmônicos, e harmonia, acredito, é o que o Brasil precisa", afirmou.
Davi Alcolumbre, por sua vez, ressaltou a necessidade de um legislativo forte e atuante para responder à sociedade brasileira e contribuir com as políticas de governo.
"O Poder Legislativo não pode se esquivar do seu dever de ajudar o governo brasileiro a melhorar a vida dos brasileiros. Tenho certeza de que esse é o espírito de colaboração. É um gesto de aproximação, de maturidade institucional", concluiu.