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Jovens da China e da América Latina trabalham juntos para redução global da pobreza

Fonte: Xinhua    06.01.2025 10h49

No dia 25 de dezembro do ano passado, no primeiro Fórum de Jovens China-América Latina para a Redução da Pobreza, William Guey, um jovem brasileiro e estudante de doutorado da Faculdade de Engenharia Industrial da Universidade Tsinghua, apresentou aos participantes o projeto de redução da pobreza da sua equipe -- Projeto de Iluminação Solar Sustentável e Energia Emergencial.

Esse projeto ganhou a medalha de ouro na "Competição Estudantil China-América Latina 2024 para a Redução da Pobreza", co-organizada pela Universidade Tsinghua da China, pela Pontifícia Universidade Católica do Chile e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro do Brasil, entre abril e agosto do ano passado. A competição, assim como este fórum, fazem parte da iniciativa "Concurso da Juventude China-América Latina 2024 para Aliviar a Pobreza", que atraiu cerca de 200 alunos vindos de 14 países, incluindo China, Chile, Brasil, Venezuela e Colômbia.

"O Brasil enfrenta quedas de energia frequentes, especialmente as comunidades pobres, que sofrem oito vezes mais que as áreas mais ricas", observou William Guey.

Para amenizar o problema, Guey, junto com seus colegas, projetou um pequeno dispositivo capaz de utilizar energia solar para iluminação e recarga. A equipe já montou um protótipo em impressão 3D. "O custo de produção é muito baixo, de até US$ 12 por unidade. Pode ser instalado na parede ou em postes de iluminação pública para iluminar, carregar telefones celulares, além da função de alarme de emergência, o que é muito prático para as comunidades pobres", apresentou ele.

Atualmente, a equipe já estabeleceu parceria com uma empresa brasileira de impressão 3D, planeja produzir 20 unidades e instalá-las em uma comunidade carente no Brasil. Segundo Guey, os dispositivos passam, no momento, por testes.

Além disso, uma outra equipe de estudantes, vindos de diferentes países como Brasil e Indonésia, está focada na promoção da educação vocacional, que pode ajudar na busca de emprego e tirar os participantes da pobreza.

"As medidas bem-sucedidas chinesas de erradicação da pobreza por meio de formação profissionalizante e o projeto 'Lu Ban', podem ser estudados e adaptados pelo Brasil. A formação profissionalizante pode ajudar os jovens locais a atualizar suas habilidades e entrar no mercado de trabalho de alta qualidade, ao mesmo tempo que impulsiona o desenvolvimento de setores afins", afirmou Victor Moura, do Brasil, membro dessa equipe.

"Já concluímos a pesquisa e o planejamento relevantes. A seguir, planejamos aprender com o projeto 'Lu Ban', buscando cooperações com o governo brasileiro e organizações comunitárias para promover a formação vocacional", informou Gu Tongqun, também membro da equipe.

Segundo ele, a experiência da China não só oferece um modelo concreto de formação profissionalizante para o Brasil e os países da América Latina, mas também fornece referências valiosas para a implementação de políticas, desenvolvimento industrial e desenvolvimento regional coordenado.

Em novembro do ano passado, foi assinado o Memorando de Entendimento entre a Universidade Tsinghua e a Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre o Programa de Resposta da Juventude Latino-Americana e Chinesa a Desafios Globais.

"A redução da pobreza é um desafio global, e as conquistas da China nessa área são notáveis para o mundo. A China e os países latino-americanos precisam aprender reciprocamente", disse Chen Taotao, diretora do Centro para a América Latina da Universidade Tsinghua. Ela acrescentou também que o Concurso da Juventude China-América Latina 2024 para Aliviar a Pobreza será realizado anualmente no futuro, com a participação do Peru e o Uruguai em 2025.

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