A China comissionou na quinta-feira (26) um navio de pesquisa avançado e multifuncional, que deve aprimorar as capacidades de pesquisa oceânica e polar do país.
O Tansuo 3, ou Exploration 3, foi entregue ao seu usuário, o Instituto de Ciência e Engenharia de Alto Mar com sede em Sanya, província de Hainan. O instituto é uma subsidiária da Academia Chinesa de Ciências.
O navio foi projetado em conjunto por pesquisadores do instituto de Sanya, Guangzhou Shipyard International Co da China State Shipbuilding Corp e outras entidades de pesquisa. A construção começou em junho de 2023 no estaleiro de Guangzhou, e o corpo principal foi concluído em abril.
Mais de 100 institutos, universidades e empresas nacionais participaram da pesquisa, desenvolvimento e construção do navio. Designers e engenheiros desenvolveram muitas novas tecnologias e equipamentos por meio do projeto, de acordo com o instituto Sanya.
A embarcação passou por uma viagem de teste de oito dias no final de outubro e depois retornou ao estaleiro para instalação final de equipamentos e alguns ajustes finais.
Com um comprimento de 104 metros e um deslocamento de cerca de 10.000 toneladas métricas, o Tansuo 3 tem uma velocidade máxima de 16 nós, ou 29,6 quilômetros por hora, e pode navegar até cerca de 27.800km numa única viagem. É operado por 80 marinheiros e operadores de instrumentos científicos.
De acordo com o instituto Sanya, o navio é equipado com equipamentos científicos de classe mundial, como sonar avançado de águas profundas e sistemas de liberação para submersíveis tripulados e robóticos, e é capaz de conduzir pesquisas abrangentes de elementos oceânicos, como águas profundas e geografias do fundo do mar.
O navio também possui capacidade bidirecional de quebra de gelo que permite operar em regiões polares no verão.
Ele pode conduzir investigações em alto mar e escavações de relíquias culturais do fundo do mar, disse o instituto, observando que pesquisadores chineses fizeram vários avanços tecnológicos com o desenvolvimento do navio.
A expectativa é de que a implantação do novo navio melhore os esforços de exploração científica em alto mar do país asiático, ajudando os cientistas a entender melhor o ecossistema de alto mar, as estruturas geológicas e a distribuição dos recursos marinhos, de acordo com os pesquisadores.
Antes do comissionamento do Tansuo 3, a China operava três quebra-gelos de pesquisa — Xuelong, Xuelong 2 e Jidi, todos pertencentes ao Ministério de Recursos Naturais.