O governo chinês investiu quase 800 milhões de yuans (cerca de 111,3 milhões de dólares americanos) em vários projetos nos últimos 30 anos para preservar o Palácio de Potala, um Patrimônio Mundial na Região Autônoma de Xizang, sudoeste da China.
Esses fundos foram alocados para reparos na estrutura principal, restaurações do telhado dourado, monitoramento estrutural, preservação e utilização de livros e documentos antigos, bem como um sistema de emissão de tickets online, de acordo com o escritório de administração do palácio.
Este ano marca o 30º aniversário do reconhecimento do Palácio de Potala como Patrimônio Mundial da UNESCO.
A arquitetura antiga localizada na capital regional Lhasa foi construída pelo rei tibetano Songtsen Gampo no século VII e expandida no século XVII. Com uma coleção de escrituras inestimáveis, documentos históricos e relíquias preciosas como estátuas, pinturas e afrescos, o palácio é uma das atrações turísticas mais populares em Xizang.
Desde 2014, o palácio recebeu cerca de 14,4 milhões de visitantes nacionais e estrangeiros, disse Kunga Tashi, vice-diretor do escritório de administração.
Uma típica estrutura tibetana tradicional de terra-pedra-madeira, o Palácio de Potala passou por duas grandes restaurações, com a primeira durando de 1989 a 1994 e a segunda começando no início do século XXI.
Cada restauração aderiu ao princípio de "restaurar o antigo como antigo" e fez uso total das habilidades tradicionais.
"As duas restaurações em larga escala resolveram as condições críticas de risco da estrutura principal, estabelecendo uma base sólida para sua proteção e utilização a longo prazo", disse Kunga Tashi.
O escritório de administração estabeleceu um departamento de manutenção, empregando mais de 60 artesãos tradicionais locais agora, como carpinteiros, alfaiates e pintores, de acordo com Tashi Phuntsog, chefe do departamento.
Até o momento, mais de 110.000 artefatos dentro do palácio foram arquivados como relíquias culturais móveis, incluindo uma pintura thangka do Imperador Qianlong da dinastia Qing (1736-1795).
O palácio empreendeu um projeto para preservar e utilizar livros e documentos antigos, concluindo com sucesso o arquivamento digital de 1,23 milhão de itens até o momento.
Os bombeiros estão estacionados lá há 40 anos, sem nenhum incêndio relatado durante esse período.
Em 2015, a região promulgou um regulamento sobre a proteção do patrimônio cultural do Palácio de Potala, preservando o local do Patrimônio Mundial por meio da legislação local.
