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Golfo de Beibu testemunha florescente comércio China-Brasil

Fonte: Xinhua    27.11.2024 10h44

A recente chegada de um navio com 66 mil toneladas de soja brasileira ao porto chinês de Qinzhou, no Golfo de Beibu, após mais de um mês de viagem desde o porto do Itaqui, no Brasil, destaca a forte relação comercial entre os dois países.

Após passar pela quarentena aduaneira e ser liberada, a soja foi rapidamente descarregada e levada para fábricas nas proximidades do porto, onde é processada em óleo e farelo de soja, que são vendidos através da China.

O Brasil é um dos principais produtores e exportadores de soja do mundo, sendo a China o seu maior mercado de exportação. Segundo dados da alfândega, no primeiro semestre deste ano, a China importou 34,43 milhões de toneladas de soja brasileira, registrando um aumento anual de 16%.

Somente em 2023, estima-se que a China importou quase 70 milhões de toneladas de soja do Brasil, com cerca de 400 mil toneladas desembarcando no mercado chinês através do porto no Golfo de Beibu, Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, no sul da China.

A empresa Guangxi Gangqing Oil Co., Ltd., sediada no Porto de Qinzhou, é uma empresa dedicada ao processamento de soja, com suas principais matérias-primas originárias do Brasil e dos Estados Unidos. Nos últimos anos, tem havido um aumento significativo nas importações de soja do Brasil. Após a descarga no porto, as encomendas de soja brasileira da empresa são imediatamente encaminhadas para a fábrica para o processo de transformação.

Liao Xi, vice-gerente do departamento técnico da empresa, explicou que a fábrica tem capacidade de processar 5 mil toneladas de soja por dia, produzindo mais de mil toneladas de óleo, que são principalmente distribuídos pela Guangxi e províncias vizinhas, como Yunnan, Guizhou e Sichuan.

No Golfo de Beibu, muitas grandes empresas do setor de grãos e óleos que estão localizadas perto dos portos possuem seus próprios cais exclusivos. A soja importada do Brasil atravessa os oceanos até chegar diretamente ao porto, onde é descarregada diretamente no cais das empresas. Com o uso de transportadores de correia, a soja brasileira pode ser rapidamente transferida para as instalações de processamento de grãos e óleo, tornando todo o processo eficiente e conveniente.

Este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil. Com o aprofundamento contínuo das relações sino-brasileiras, a cooperação econômica e comercial entre os dois países está se fortalecendo cada vez mais, com um aumento contínuo no comércio de commodities.

Além da soja, muitas commodities brasileiras são importadas através dos portos no Golfo de Beibu, incluindo minério de ferro, fertilizantes, milho, entre outros.

Zhang Shuxin, vice-presidente da Guangxi Beibu Gulf International Port Group Co., Ltd., expressou o desejo de que a empresa continue desempenhando seu papel como prestadora de serviços portuários e logísticos. A empresa pretende oferecer um serviço mais aprimorado para empresas comerciais e produtoras e participar ativamente do comércio internacional de commodities.

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