A 7ª Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, em inglês), realizada em Shanghai de 5 a 10 de novembro, contou com a participação de um grande número de empresas brasileiras, que apresentaram seus mais recentes produtos e tecnologias inovadoras ao mercado chinês.
As empresas brasileiras expositoras expressaram ativamente sua confiança na China, a segunda maior economia do mundo, e afirmaram seu compromisso com a cooperação verde e inovadora.
Como uma velha amiga da CIIE, a Vale está participando pela sétima vez, trazendo inovações em tecnologia verde no transporte marítimo internacional e na produção de aço.
A Vale, uma das maiores produtoras e exportadoras de minério de ferro do mundo, vê a China como um importante mercado e centro de inovação. Em sua área de exposição, a maquete de um navio de transporte atraiu constantemente a atenção dos visitantes. O protótipo, conhecido como Valemax, é o maior transportador de minério do mundo equipado com um sistema de propulsão eólica, com um dispositivo que utiliza a energia eólica offshore para gerar empuxo auxiliar. Esse navio de transporte foi reformado por uma empresa chinesa e é utilizado pela Vale para o transporte de minério de ferro entre a China e o Brasil, podendo transportar até 400 mil toneladas de minério de ferro. "Essa notável embarcação representa outro marco significativo em nossa colaboração com a China no campo do transporte marítimo de baixo carbono", disse o CEO da Vale, Gustavo Pimenta.
O Brasil é muito rico em recursos minerais e é o maior produtor de minerais da América Latina. Atualmente, a China é o maior mercado individual do mundo para o minério de ferro da Vale, importando mais de 60% da produção total de minério de ferro da empresa.
Segundo Gustavo Pimenta, a CIIE não é apenas uma exposição para empresas estrangeiras, mas também um centro internacional para intercâmbios comerciais, tecnológicos e culturais entre países de todo o mundo. Ela não apenas promove o comércio internacional e o crescimento econômico global, mas também aumenta a compreensão e a cooperação mútua entre os países.
Em 2023, a China e o Brasil emitiram uma declaração conjunta sobre o combate às mudanças climáticas. As empresas chinesas e brasileiras continuam a inovar os modelos e caminhos de cooperação para promover o desenvolvimento verde e sustentável nos países em desenvolvimento.
Como uma das maiores produtoras mundiais de celulose, a Suzano também está otimista com as perspectivas de desenvolvimento verde e tecnologias inovadoras na China. Ela assinou acordos de cooperação com empresas chinesas como a LiBang e a Baoding Yusen em 6 de novembro.
"A nossa visão para o futuro é clara: continuamos comprometidos em fortalecer ainda mais nossas parcerias com as partes interessadas locais da China, especialmente no ecossistema de sustentabilidade e inovação, para acelerar a mudança da China em direção a uma economia de baixo carbono", afirmou Pablo Machado, Presidente de Gestão de Negócios da Suzano Ásia.
Em uma entrevista à Embaixada da China no Brasil, em setembro deste ano, ao ser perguntado por que escolheu a China, Pablo Machado afirmou que a China é o mercado consumidor cada vez mais exigente por produtos de mais alta qualidade, por produtos que têm uma pegada de carbono mais amigável, e por produtos que possam apoiar a China a fazer a sua transição para a economia de baixo carbono.
"A China é hoje um dos principais países que investe em tecnologia verde", disse Pablo, acrescentando que podemos ver seu avanço tecnológico em geração de energia solar, geração de energia eólica, e metas muito claras e políticas públicas direcionadas a promover a transição da China para uma sociedade de baixo carbono.
A 7ª CIIE atraiu cerca de 3.500 expositores de 129 países e regiões. Mais de 400 novos produtos, novas tecnologias e novos serviços foram revelados durante a exposição.