A espaçonave Shenzhou-18 retornou à Terra com 34,6 quilos de amostras experimentais da estação espacial, abrangendo microorganismos, materiais de liga e nanomateriais que são difíceis de preparar na Terra, informou o Science and Technology Daily nesta segunda-feira.
As amostras recuperadas estão prontas para promover o desenvolvimento de lasers de fibra espaciais, facilitar a criação de materiais extraterrestres e explorar as perspectivas de vida na Terra se espalhando pelo cosmos.
A cápsula de retorno da Shenzhou-18, carregando três astronautas chineses, retornou à Terra na manhã de segunda-feira, após completar uma missão de seis meses na estação espacial.
As amostras experimentais científicas trazidas de volta pela espaçonave incluíram um total de 55 tipos, abrangendo 28 projetos científicos em áreas como ciências da vida espacial, ciência de materiais espaciais e ciência da combustão sob microgravidade.
Os espécimes de ciências da vida compreendem arquebactérias geradoras de metano, micróbios resistentes à radiação e microrganismos que habitam rochas. Espera-se que eles estabeleçam as bases científicas para investigar a potencial habitabilidade de ambientes extraterrestres e avaliar a capacidade dos microrganismos de se adaptarem aos desafios do espaço sideral.
Parte das amostras são ligas resistentes a altas temperaturas, fibras ópticas e revestimentos ópticos. Esses materiais inovadores têm o potencial de revolucionar a fabricação de lâminas de turbinas aeroespaciais de última geração, lasers de fibra adaptados ao espaço e reparos médicos de precisão.
A espaçonave também retornou nanopartículas derivadas da combustão de metano, que visam facilitar a síntese futura de materiais particulados críticos para ambientes extraterrestres.