Português>>Atualidade

"Supermercado Mundial" testemunha mais oportunidades de cooperação entre membros do BRICS

Fonte: Xinhua    01.11.2024 13h57

Conhecido como "Supermercado Mundial", Yiwu, centro de pequenas mercadorias do mundo e de comércio eletrônico transfronteiriço da China, que se localiza na Província de Zhejiang, leste da China, registrou nos últimos anos grande potencial de desenvolvimento de comércio entre os países do BRICS.

"Operamos negócios de alimentos, bebidas alcoólicas e produtos agrícolas importados da Rússia e, recentemente, adicionamos joias de âmbar e obras de arte, que são bem populares entre os consumidores", disse Jin Xiaomin, gerente-geral do Zhejiang Kingston Supply Chain Group, operador do Pavilhão Nacional Russo da Cidade de Comércio Internacional de Yiwu.

Numa empresa que lida com ferramentas de hardware, Ai Bin, gerente responsável pelas vendas, disse aos repórteres que nos últimos anos, o mercado africano, representado pela Etiópia, tornou-se o principal mercado da empresa.

"Em 2023, nossas exportações para a Etiópia atingiram 10 milhões de yuans (US$1,4 milhão) e, neste ano, espera-se que ultrapassem 15 milhões de yuans (US$ 2,1 milhões)," disse ele, acrescentando que os negócios da sua empresa na Etiópia incluem basicamente todas as principais categorias de produtos da empresa, como ferramentas manuais e fitas métricas, atingindo uma participação de mercado de 40% a 50%.

O Brasil é um mercado importante para os comerciantes de Yiwu. Ai Bin disse aos repórteres que o diretor da sua empresa está viajando na América do Sul para prospectar mercados, e o Brasil é a "prioridade máxima" da viagem. "O Brasil tem um alto nível de desenvolvimento econômico, uma grande população e um amplo mercado. Acabamos de entrar no mercado brasileiro em março deste ano, e as remessas atuais já ultrapassaram 10 milhões de yuans (US$1,4 milhão). Esperamos que, nos próximos dois anos, esse número possa chegar a 30 milhões de yuans (US$ 4.21 milhões)", projetou Ai.

Em uma loja de brinquedo, encontram-se centenas de tipos de bonecas. Sun Lijuan, a dona do local, está fazendo vídeos de apresentação dos novos produtos. Ela importou um dos vídeos gravados para uma plataforma de inteligência artificial, que gerou versões em vários idiomas, incluindo o árabe e o russo.

"Agora mesmo, um cliente russo assistiu ao meu vídeo e encomendou mais de 800 bonecas. Estamos combinando a data de entrega", disse ela.

De acordo com dados divulgados pela alfândega de Hangzhou, entre janeiro e agosto deste ano, as importações e exportações de Yiwu para outros países do BRICS foram de 78,75 bilhões de yuans (US$ 11 bilhões), um aumento anual de 11%. Muitas empresas estão fortalecendo ainda mais seus contatos com os países do BRICS, viajando até estes destinos em busca de mais oportunidades de cooperação.

Não faz muito tempo, Jin Xiaomin participou de uma série de conversas de negócios em São Petersburgo, na Rússia. "Uma empresa de frutas vermelhas quer trabalhar em conjunto com fabricantes chineses de produção e embalagem de alimentos para desenvolver o mercado chinês, e também há empresas interessadas em nossos serviços de cadeia de suprimentos internacionais", disse Jin.

"Olhando para o futuro, à medida que a 'BRICS Plus' avança em direção ao desenvolvimento de alta qualidade, a incerteza do investimento nos países do BRICS será ainda inferior, o que certamente trará novas oportunidades e espaço de crescimento para a cooperação econômica e comercial", observou Lu Jing, diretora do Departamento de Economia e Comércio Internacional da Universidade de Zhejiang.

comentários

  • Usuário:
  • Comentar: