Um porta-voz da parte continental da China condenou na terça-feira (15) um discurso recente do líder de Taiwan, Lai Ching-te, chamando-o de mais radical e confrontacional, acusando Lai de aumentar deliberadamente as tensões no Estreito de Taiwan e minar a paz e a estabilidade regionais.
Alguns comentaristas em Taiwan e no Ocidente viram o discurso de Lai em 10 de outubro como uma redução do tom nas relações entre os dois lados do Estreito, até mesmo sinalizando boa vontade em relação ao continente. No entanto, outros argumentaram que o discurso foi enganoso e destrutivo.
Chen Binhua, um porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, rejeitou a noção de que Lai demonstrou moderação, em vez disso rotulando o discurso como um prejudicial "manifesto de independência de Taiwan".
"Ele aumentou as provocações contra o princípio de uma só China, consolidando ainda mais a 'falácia dos dois Estados'", disse Chen.
"Não há 'moderação' ou 'boa vontade' em seu discurso", acrescentou Chen, descrevendo Lai como um "trabalhador da independência de Taiwan" e um "perturbador da paz".
Chen enfatizou que a luta contínua contra o separatismo em Taiwan é fundamentalmente para salvaguardar a unidade nacional. Ele defendeu as recentes contramedidas de Beijing como ações justas de um Estado soberano visando proteger sua integridade territorial e garantir a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan.
"Essas medidas são necessárias para defender a soberania nacional e o bem-estar de nossos compatriotas de Taiwan", disse ele.
Chen também alertou que novas provocações por forças de "independência de Taiwan" seriam recebidas com ações punitivas mais fortes até que a reunificação nacional completa seja alcançada.