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Governo do Brasil reconhece avanço do centro político nas eleições municipais

Fonte: Xinhua    09.10.2024 08h37

O ministro das Relações Institucionais do Brasil, Alexandre Padilha, reconheceu nesta segunda-feira o avanço dos candidatos dos partidos que compõem o chamado Centrão no primeiro turno das eleições municipais deste domingo, mas destacou que não existe uma "relação direta" entre as eleições municipais e nacionais.

A afirmação ocorreu após reunião no Palácio do Planalto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do governo para fazer um balanço dos resultados das eleições.

No domingo, 155 milhões de eleitores brasileiros foram às urnas para decidir os próximos prefeitos e vereadores dos mais de 5.500 municípios brasileiros.

O ministro negou que haja qualquer ligação entre essas eleições e as de 2026, quando serão eleitos os próximos governadores e o Presidente da República.

"Estão tentando fazer uma relação direta entre os resultados das eleições municipais e das eleições nacionais, algo que nunca existiu no Brasil. Não existe essa relação direta", ressaltou.

O MDB (Movimento Democrático Brasileiro) foi o partido que elegeu o maior número de vereadores, mantendo uma liderança que já dura, pelo menos, 20 anos.

Completam a lista dos cinco partidos mais votados o Progressistas (PP), o Partido Social Democrata (PSD), o União Brasil e o Partido Liberal (PL).

Já em relação aos prefeitos, o destaque fica com o Partido Social Democrata (PSD), sigla que desbancou o MDB com 882 prefeituras no primeiro turno.

Essa realidade, segundo Padilha, consolida uma tendência desde as eleições de 2020.

"Já tinha tido em 2020 um crescimento dos partidos de centro, de centro-direita no país nas eleições municipais, esse crescimento teve uma continuidade, um aumento de vários destes partidos, e o crescimento também importante do PT e do PSB", avaliou.

A avaliação do governo é que o resultado desta primeira fase das eleições de 2024 foi positivo, acompanhando o crescimento do governista PT com a utilização de federações partidárias para prefeitos.

O partido foi o único que, junto com o Partido Comunista Brasileiro (PCdoB) e o Partido Verde (PV) na Federação Brasil Esperança, elegeu mais prefeitos desta vez do que há quatro anos: de 179 para 248.

Durante o seu discurso, o ministro destacou a "frente ampla" do governo, que inclui partidos de direita que têm obtido bons resultados nestas eleições.

Padilha disse que Lula continua disposto a apoiar candidatos no segundo turno em cidades como São Paulo, Belém, Fortaleza e Belo Horizonte.

O ministro reconheceu a "força" do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas declarou que os candidatos apoiados pelo governo têm boas condições no segundo turno.

"Conhecemos a força dessa extrema direita no país, ninguém nega. Agora, acreditamos que, no segundo turno, esses líderes que compõem essa frente ampla do presidente Lula têm todas as condições de derrotar, mesmo essas lideranças extremistas de direita", disse Padilha.

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