A China reduziu a emissão de CO2 em 3 bilhões de toneladas na última década, em um esforço para promover o consumo verde, diz um livro branco nesta quinta-feira.
A economia de energia da China nos últimos dez anos foi equivalente a cerca de 1,4 bilhão de toneladas de carvão padrão, já que sua reestruturação e atualização industriais e tecnologias de redução de carbono aumentaram muito a eficiência energética, segundo o livro branco intitulado "Transição Energética da China" emitido pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado.
Controlar tanto o volume e quanto a intensidade do uso de energia tornou-se uma medida institucional crucial do país, diz o documento.
A China intensificou os esforços para melhorar a conservação e a eficiência energéticas em setores-chave, desde a produção industrial até a construção e o transporte.
Na última década, o consumo de energia por unidade de valor agregado das empresas industriais com receita anual de 20 milhões de yuans (US$ 2,81 milhões) ou mais caiu mais de 36%. O consumo energético abrangente por unidade de produto no aço, alumínio eletrolítico, cimento e vidro diminuiu em mais de 9% em média.
Em 2023, o valor total da produção da indústria de serviços de conservação energética ultrapassou 500 bilhões de yuans, dobrando o de 2013.
Como a China está no meio do maior processo de urbanização do mundo, o país implementou padrões mais altos de eficiência energética para novos edifícios e está avançando estavelmente no reequipamento dos edifícios existentes para economia energética.
Até o final de 2023, a área de piso dos edifícios com eficiência energética ultrapassou 32,68 bilhões de metros quadrados, representando mais de 64% do total dos edifícios urbanos, um aumento de quase 30 pontos percentuais em relação a 2013. Edifícios com consumo de energia ultrabaixo ou quase zero ultrapassaram 43,7 milhões de metros quadrados.
No final de 2023, a China tinha mais de 20,4 milhões de veículos de nova energia e quase 8,6 milhões de instalações de carregamento e mais de 450 estações de abastecimento de hidrogênio em todo o país.
O consumo energético abrangente por unidade de carga para o transporte ferroviário em 2023 caiu cerca de 19% ante 2013.
O país também promoveu ativamente modelos verdes de consumo de energia, com esforços para incentivar o consumo de energia renovável, promover a eletrificação e a transição de baixo carbono do consumo final de energia e adotar modos de vida verdes e de baixo carbono.
Tanto os Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022 quanto os Jogos Asiáticos de Hangzhou 2023 utilizaram 100% de eletricidade verde, diz o livro branco.