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China e EUA concordam em manter comunicação em todos níveis

Fonte: Xinhua    29.07.2024 08h38

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reuniram-se em Vientiane no sábado para trocar opiniões sobre as relações bilaterais, concordando em manter a comunicação em todos os níveis e implementar ainda mais os importantes entendimentos comuns alcançados na reunião de São Francisco, em novembro do ano passado, entre os chefes de Estado dos dois países.

Durante sua reunião com Blinken, Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), disse que, nos últimos três meses, as equipes diplomáticas, financeiras, de aplicação da lei e climáticas dos dois países, bem como as duas forças armadas, mantiveram a comunicação e a intensificação de intercâmbios interpessoais. No entanto, é preciso ressaltar que os EUA não se abstiveram de agir para conter e suprimir a China, mas foram ainda mais longe.

As relações entre a China e os EUA ainda enfrentam riscos e desafios acumulados e permanecem em uma conjuntura crítica de desescalada e estabilização, exigindo esforços para recalibrar a direção, gerenciar riscos, tratar adequadamente as diferenças, remover distúrbios e promover a cooperação, disse Wang.

Ele observou que a política da China em relação aos Estados Unidos tem sido consistente, aderindo aos princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação de benefício mútuo. O lado norte-americano deve implementar com seriedade os compromissos do presidente Joe Biden e retornar a uma política racional e pragmática para a China, disse Wang, ao mesmo tempo em que conclamou os dois lados a trabalharem em conjunto para promover uma relação bilateral estável, saudável e sustentável.

Wang ressaltou que os Estados Unidos têm uma percepção errada da China e sempre a espelham com sua própria lógica hegemônica. A China não busca a hegemonia nem pratica políticas de poder e, como um país importante, tem o melhor histórico de paz e segurança do mundo, disse Wang.

O ministro das Relações Exteriores da China expressou a esperança de que o lado norte-americano possa entender melhor a China, que é uma nação focada na busca da felicidade para seu povo e seu rejuvenescimento, e comprometida com o caminho do desenvolvimento pacífico e com a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.

Taiwan faz parte da China e não foi e nunca será um país, observou Wang. A "independência de Taiwan" é contrária à paz através dos dois lados do Estreito, disse ele, acrescentando que todas as provocações feitas pelas forças da "independência de Taiwan" serão enfrentadas com contramedidas para reduzir o espaço para a "independência de Taiwan", em favor do trabalho em direção à meta de unificação completa.

Wang falou sobre os detalhes do assunto de Ren'ai Jiao, observando que a China chegou a um acordo provisório com as Filipinas sobre o gerenciamento da situação. O lado filipino deve manter sua palavra e parar de enviar mais materiais de construção, disse Wang, ao mesmo tempo em que pediu aos Estados Unidos que não se movimentem para atiçar as chamas e provocar problemas, prejudicando a estabilidade no Mar do Sul da China.

A postura da China sobre a questão da Ucrânia é justa e transparente e continuará a promover conversações de paz, afirmou o ministro chinês, pedindo aos Estados Unidos que parem de abusar das sanções unilaterais e da jurisdição de longo alcance. A China rejeita falsas acusações e não sucumbirá a pressões ou chantagens. Ela tomará medidas resolutas para proteger seus principais interesses e direitos legítimos, observou Wang.

Durante a reunião, Blinken disse que os Estados Unidos estão fortemente comprometidos com a estabilização das relações EUA-China e continuam a seguir a política de Uma Só China.

Os Estados Unidos esperam manter uma comunicação regular com a China e continuar a cooperação nas áreas como combate ao narcotráfico e inteligência artificial, assinalou Blinken.

Os Estados Unidos gostariam de gerenciar as divergências entre os dois países e evitar mal-entendidos e erros de cálculo, disse ele.

Os dois lados também trocaram opiniões sobre a situação de Gaza e da Península Coreana, e o assunto de Mianmar, entre outros.

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