O comércio exterior da China atingiu um novo recorde no primeiro semestre deste ano, injetando um ímpeto adicional na recuperação econômica, segundo dados oficiais divulgados na última sexta-feira.
O volume do comércio de mercadorias cresceu 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 21,17 trilhões de yuans (US$ 2,97 trilhões) no período de janeiro a junho, com as exportações aumentando 6,9% e as importações subindo 5,2%, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas (AGA).
Observando os números, os analistas acreditam que a tendência positiva no comércio exterior foi ainda mais solidificada.
No segundo trimestre, as importações e exportações no total aumentaram 7,4% na comparação anual, o que foi notavelmente maior do que o aumento de 4,9% no primeiro trimestre deste ano e o aumento de 1,7% no quarto trimestre do ano passado.
A AGA indicou que o comércio exterior de mercadorias mantém melhorias contínuas tanto em qualidade quanto em quantidade, contribuindo para a tendência de crescimento da economia.
A ASEAN continuou sendo o maior parceiro comercial da China, com o volume de comércio bilateral atingindo 3,36 trilhões de yuans no primeiro semestre, um aumento anual de 10,5%, representando 15,9% do total do comércio exterior do país. Foi seguida pela União Europeia, com um volume de comércio de 2,72 trilhões de yuans, pelos Estados Unidos, com 2,29 trilhões de yuans, e pela República da Coreia, com 1,13 trilhão de yuans.
O comércio da China com os países participantes da Iniciativa Cinturão e Rota manteve um crescimento vibrante, com o volume de comércio aumentando 7,2%, para 10,03 trilhões de yuans nos primeiros seis meses.
"Em geral, o comércio de mercadorias da China no primeiro semestre do ano mostrou forte resiliência e vitalidade, com as exportações mantendo uma tendência estável e progressiva", observou Chen Hongna, pesquisadora associada do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento do Conselho de Estado.
Os produtos mecânicos e elétricos continuaram a dominar as exportações da China durante o período, respondendo por quase 60% do total.
Especificamente, as exportações de equipamentos e componentes de processamento automático de dados cresceram 10,3% em termos anuais no primeiro semestre, enquanto os circuitos integrados e automóveis aumentaram 25,6% e 22,2%, respectivamente.
Olhando para o futuro, os analistas preveem que o comércio exterior da China manterá seu impulso positivo nos próximos meses.
Embora a demanda por países desenvolvidos provavelmente diminua, as economias emergentes, incluindo a ASEAN, a América Latina e os países do BRICS, poderão preencher a lacuna, indicou Yu Xiangrong, economista-chefe da Citigroup China, observando que o crescimento das exportações do país permanecerá estável.
Apesar das incertezas externas, o comércio exterior da China apresentará qualidade melhor e quantidade estável este ano, com novos motores comerciais tomando forma em um ritmo acelerado, analisou ele.
Os avanços contínuos de tecnologia e as cadeias industriais e de suprimentos completas da China reforçaram sua força de fabricação e proporcionaram aos exportadores vantagens nos mercados internacionais, de acordo com analistas.
Observando o crescente protecionismo comercial, os especialistas também pediram um monitoramento rigoroso de seu impacto e enfatizaram a necessidade de maiores esforços para expandir o comércio de bens intermediários e promover a economia digital.
