O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse na quinta-feira que a China está disposta a fortalecer a cooperação com a Holanda para salvaguardar conjuntamente a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais.
Durante um telefonema com o novo ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse que, graças à orientação dos líderes dos dois países e aos esforços de ambos os lados, a parceria aberta e pragmática para cooperação abrangente entre a China e a Holanda vem se desenvolvendo de forma constante, trazendo benefícios tangíveis para os dois povos e contribuindo para a paz e o desenvolvimento regionais e mundiais.
A China atribui grande importância às suas relações com a Holanda e está pronta para estabelecer contato próximo com o novo governo holandês e realizar um diálogo integral para melhorar o entendimento mútuo, acrescentou Wang.
Wang disse que a China apoia o processo de integração europeia, o desenvolvimento e o crescimento da União Europeia (UE) e sua adesão à independência estratégica.
Acredita-se que a Holanda encorajará o lado europeu a ver a China de maneira objetiva e racional e a desempenhar um papel construtivo na manutenção do desenvolvimento sólido e estável das relações China-Europa, disse ele.
Wang disse que a China absolutamente não aceita as acusações infundadas feitas na recente cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Washington contra a China.
A China é um grande país com o melhor histórico do mundo na questão da paz e segurança, e sempre foi uma força pela paz e pela estabilidade na comunidade internacional, disse ele.
A China tem sistemas políticos e conceitos de valor diferentes dos países da OTAN, mas isso não deve ser usado como motivo para a OTAN incitar o confrontação com a China, disse Wang.
A maneira correta é fortalecer o diálogo, melhorar a compreensão, construir confiança mútua básica e evitar erros de cálculo estratégicos, disse ele.
A OTAN deve permanecer dentro de seus limites e abster-se de interferir nos assuntos da Ásia-Pacífico ou nos assuntos internos da China, e de desafiar os direitos e interesses legítimos da China, disse Wang.
A China está disposta a manter contato com a OTAN com base na igualdade e se envolver em intercâmbios com base no respeito mútuo, acrescentou.
Por sua vez, Veldkamp observou que a atual relação China-Holanda é forte e robusta.
Ele disse que a China é uma importante potência global e principal parceiro econômico e comercial da Holanda na Ásia, e ambos os lados devem e podem se envolver em cooperação mutuamente benéfica em uma ampla gama de questões bilaterais e multilaterais.
Diante da turbulenta situação internacional, o lado holandês não apoia a "dissociação" com a China e está disposto a manter a comunicação com a China para desenvolver relações práticas China-Holanda, disse Veldkamp.
A relação UE-China é crucial, disse ele, e as diferenças não devem impedir a cooperação. O lado holandês apoia o desenvolvimento de uma relação construtiva UE-China para o benefício das pessoas em todo o mundo, disse ele.
A OTAN está comprometida em salvaguardar a segurança de seus Estados-membros e sempre será uma organização defensiva, acrescentou o ministro das Relações Exteriores holandês.
Os dois lados também trocaram opiniões sobre questões internacionais e regionais de interesse comum.