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Cazaquistão: “A comunicação sincera é o maior ganho para a medicina chinesa se tornar global”

Fonte: Diário do Povo Online    03.07.2024 11h17

Numa manhã de maio em Astana, o tempo ainda está um pouco fresco. Ao entrar no Centro de Medicina Tradicional China-Cazaquistão, é possível sentir o leve aroma de moxabustão impregnando o ambiente.

Assim que a clínica abriu, Gulzhina, uma paciente do Cazaquistão entrou apoiada pela sua família. Ela realiza tratamento de reabilitação pós-infarto cerebral e encontrou o local graças à recomendação de outros pacientes.

"Quais são os próximos planos de desenvolvimento para o centro? Existem outros métodos de medicina tradicional chinesa a serem introduzidos? Há planos de abrir clínicas em outras cidades no Cazaquistão?" Durante o curto período de espera fora da clínica, Gulzhina questionava Li Honggang, o diretor chinês do centro, que atenciosamente respondeu a todas as perguntas.

O médico que realizou massagem terapêutica em Gulzhina foi Ismail Daurov, um estudante cazaque que comoveu inúmeros chineses com sua frase “Sou estrangeiro, mas não um estranho”. Ismail Daurov, que estudou medicina tradicional chinesa na Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Shaanxi durante 8 anos, atua como médico na área de medicina tradicional chinesa no Centro de Medicina Tradicional China-Cazaquistão.

"A massagem pode desbloquear os meridianos; a moxabustão pode reabastecer a energia yang e dissipar o frio; as ventosas podem remover a umidade e melhorar a circulação sanguínea", explicou ele.

"Os oito anos de estudo de medicina chinesa na China foram o período mais feliz da minha vida. Trouxe a medicina chinesa para o Cazaquistão, na esperança de me tornar uma ponte de comunicação entre a China e o Cazaquistão", afirmou Ismail Daurov.

Na parede da "Sala de Tratamento MTC (Crianças)" há um mapa dos meridianos e pontos de acupuntura padrão das crianças. Jia Zhonglin, um dos primeiros especialistas médicos do centro, massageia Magzhan, uma criança de 7 anos com paralisia cerebral.

Enquanto o garoto recebia o tratamento, sua avó, que o acompanhava foi questionada em chinês sobre os médicos chineses. Ela de imediato respondeu, também em chinês: “Excelentes!”

A família de Magzhan não vive em Astana, mas ele já viajou uma dúzia de vezes para lá especialmente para realizar o tratamento. A avó observou que o menino já mostra progressos na fala e na flexibilidade de seus membros graças ao tratamento.

Embora Magzhan fale devagar, ele é inteligente e alegre, e todos os médicos do centro gostam muito dele. “Mas o menino prefere a Dr. Sayah, que voltou de seus estudos na China. Quando ele crescer, ele quer pedir Sayah em casamento”, brincou Jia Zhonglin.

Desde a sua abertura oficial em maio de 2023, o Centro de Medicina Tradicional China-Cazaquistão tratou cerca de 8.000 pacientes e realizou mais de 200 consultas remotas internacionais.

Atualmente, há mais de dez médicos de medicina tradicional chinesa da China e do Cazaquistão recebendo consultas no ambulatório e tratando cerca de 60 pacientes todos os dias.

Para Jia Zhonglin, o maior toque veio da confiança e das expectativas da população local em relação à medicina tradicional chinesa.

"O conceito da medicina tradicional chinesa é orientado para as pessoas. Ela não só cura 'doenças', mas também cura 'pessoas que estão doentes'. A comunicação sincera é o maior ganho para a medicina chinesa se tornar global".

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