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BRICS mantém diálogo com principais países em desenvolvimento e promete fortalecer solidariedade e cooperação

Fonte: Xinhua    13.06.2024 08h21

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, participou na terça-feira do Diálogo dos Ministros das Relações Exteriores do BRICS e dos Países em Desenvolvimento (BRICS+) na cidade russa de Nizhny Novgorod.

O diálogo contou com a participação dos países do BRICS e de 12 grandes países em desenvolvimento com influência regional, incluindo Tailândia, Laos, Vietnã, Bangladesh, Sri Lanka, Cazaquistão, Bielorrússia, Turquia, Mauritânia, Cuba, Venezuela e Bahrein.

Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, afirmou que o BRICS+ serve como uma plataforma de diálogo vital para as nações do BRICS em relação aos mercados emergentes mais amplos e aos países em desenvolvimento. Tem sido uma força dinâmica para o desenvolvimento dos BRICS e se tornou uma bandeira da cooperação Sul-Sul.

Estamos em uma era de turbulência e caos. A crise na Ucrânia e o conflito de Gaza são prolongados, desafios como a cibersegurança e as mudanças climáticas estão surgindo um após o outro, e um certo país, a fim de manter a sua hegemonia unipolar, está mobilizando aliados para sanções unilaterais, erguendo barreiras protecionistas e utilizando medidas econômicas e financeiras como armas. Além disso, a divisão Norte-Sul está se alargando e a recuperação econômica global enfrenta contratempos, observou o chanceler.

Enquanto isso, a ascensão coletiva dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento impulsiona significativamente o processo em direção a um mundo multipolar. Uma nova onda de revoluções tecnológicas e industriais está surgindo, impulsionando vários países para uma trilha de desenvolvimento rápido, apontou Wang.

O Sul Global não é mais uma maioria silenciosa, mas uma nova força desperta, enfatizou.

O ministro das Relações Exteriores chinês fez uma proposta de três pontos sobre como os países em desenvolvimento podem criar novas oportunidades em meio a essas mudanças: defender a segurança universal e enfrentar conjuntamente os desafios; priorizar o desenvolvimento e dar as mãos às forças progressistas; além de defender a equidade e a justiça, e melhorar a governança global.

Durante a reunião, os participantes elogiaram altamente a importância estratégica do Diálogo dos Ministros das Relações Exteriores do BRICS e dos Países em Desenvolvimento, observando que o modelo BRICS+ facilita a unidade e a cooperação entre os países em desenvolvimento, aumentando a influência do Sul Global e construindo uma ordem internacional mais justa e razoável.

Concordaram em defender os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, opor-se ao unilateralismo e ao hegemonismo, insistir na resolução de conflitos e diferenças por meio do diálogo e da consulta, promover soluções políticas para os pontos críticos internacionais e alcançar um cessar-fogo em Gaza o mais rápido possível.

Pediram também reformas do sistema financeiro internacional, o reforço da cooperação na economia digital, nas infraestruturas e noutros domínios, a salvaguarda da estabilidade da cadeia de suprimento industrial global, a redução do fosso de desenvolvimento e a consecução de progressos partilhados.

Na terça-feira, Wang também se reuniu com o seu homólogo tailandês, Maris Sangiampongsa, e trocou impressões com outros ministros das Relações Exteriores presentes no diálogo.

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