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Posição da China sobre a crise na Ucrânia visa promover negociações para a paz, diz MRE chinês

Fonte: Diário do Povo Online    05.06.2024 09h24

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, detalhou a posição consistente chinesa sobre a crise da Ucrânia, sublinhando que a China adere à promoção de conversações para a paz e, embora as condições ainda não estejam reunidas, nunca irá cessar seus esforços em prol da paz.

Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as declarações em Beijing, na terça-feira, quando se reuniu com a imprensa, junto com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan.

A China incentiva e apoia todas as iniciativas e esforços no mundo que conduzam à avaliação da situação e à paz, acrescentou.

Wang disse que a China atribui importância ao trabalho da Suíça na preparação da Cúpula sobre a Paz na Ucrânia, tendo apresentado sugestões construtivas ao lado suíço em diversas ocasiões, sendo que o lado suíço sempre fez comentários positivos e agradecimentos.

"Há muitas cúpulas no mundo hoje. Se e como participar, a China decidirá de forma independente de acordo com sua própria posição", acrescentou Wang.

No dia 23 de maio, Wang Yi esteve reunido com Celso Amorim, chefe da Assessoria-Especial do Presidente da República do Brasil. As duas partes mantiveram uma troca aprofundada de pontos de vista sobre a promoção de uma solução política para a crise na Ucrânia e apelaram à contenção da situação, atingindo seis entendimentos comuns.

A China acredita que o mundo precisa agora de emitir vozes mais objetivas, equilibradas, positivas e construtivas sobre a crise da Ucrânia, observou Wang, acrescentando que, para este fim, a China e o Brasil emitiram recentemente em conjunto o entendimento comum entre a China e o Brasil sobre a resolução política da crise da Ucrânia.

Em apenas uma semana, 45 países dos cinco continentes responderam positivamente aos "seis entendimentos comuns" de formas diversas, dos quais 26 países confirmaram a sua adesão ou estão a estudar seriamente a forma de adesão. A Rússia e a Ucrânia também afirmaram a maior parte do conteúdo destes seis entendimentos comuns, acrescentou Wang.

Tudo isto ilustra, uma vez mais, que estes seis entendimentos comuns satisfazem as expectativas comuns da maioria dos países. A China acredita que quanto mais países apoiarem estes seis entendimentos comuns, mais próximo estará o dia de uma cimeira verdadeiramente pacífica, disse Wang.

Ao manter conversações com Fidan, Wang observou que a relação de cooperação estratégica China-Turquia manteve a dinâmica para o rápido desenvolvimento e demonstrou amplas perspetivas.

Ele acrescentou que a China aprecia a compreensão e o apoio da Turquia à posição legítima da China sobre os interesses fundamentais relativos à soberania, segurança e integridade territorial da China, e está pronta para manter intercâmbios em vários níveis e expandir as áreas de cooperação com o lado turco.

Fidan disse que a Turquia adere ao princípio de Uma Só China e não tolera atividades que sabotem a soberania e a segurança da China no território turco, acrescentando que a Turquia valoriza a posição justa da China em questões como a Ucrânia e o Médio Oriente.

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