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Premiê chinês pede que Japão trabalhe com China na mesma direção

Fonte: Xinhua    27.05.2024 13h12

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, pediu neste domingo que o Japão trabalhe com a China na mesma direção e implemente o consenso importante alcançado pelos líderes dos dois países.

Espera-se que os dois países consolidem continuamente a confiança mútua, aprofundem a cooperação, gerenciem adequadamente as diferenças e construam um relacionamento China-Japão construtivo e estável que atende às exigências da nova era, disse Li durante sua reunião com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, à margem da 9ª Reunião da Cúpula Trilateral entre China, Japão e República da Coreia.

De acordo com Li, em novembro do ano passado, o presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro Kishida reuniram-se em São Francisco, alcançaram um consenso importante e reafirmaram o posicionamento de avançar de forma abrangente as relações estratégicas e mutuamente benéficas entre a China e o Japão, fornecendo uma orientação política importante para o desenvolvimento dos laços bilaterais.

A história e Taiwan são as principais questões de princípio relacionadas à base política das relações China-Japão, bem como questões básicas de fé e integridade, e a questão de Taiwan está no centro dos interesses fundamentais da China e é uma linha vermelha, destacou ele.

Li esperou que o Japão honre sua promessa e crie uma atmosfera positiva para o desenvolvimento contínuo dos laços bilaterais.

O desenvolvimento da China e do Japão é uma oportunidade importante para ambos, e as economias chinesa e japonesa estão agora intimamente interligadas, trazendo benefícios tangíveis para os dois povos, declarou Li.

A complementaridade econômica entre a China e o Japão existirá por muito tempo, e há um potencial enorme para cooperação em inovação científica e tecnológica, economia digital, desenvolvimento verde e exploração de mercados de terceiros, acrescentou ele.

A China e o Japão devem se ajudar mutuamente a ter sucesso, manter conjuntamente uma cadeia industrial e uma cadeia de suprimentos estáveis e desimpedidas, e proteger o sistema global de livre comércio, ressaltou Li.

Conforme ele, a China está disposta a continuar a realizar intercâmbios amigáveis com o Japão em diversos campos, por meio de vários canais e em vários níveis, facilitar ainda mais os intercâmbios entre pessoas e executar ativamente os intercâmbios entre jovens, de modo a consolidar o apoio público para a cooperação amistosa entre os dois países.

A liberação das águas residuais contaminadas pela usina nuclear de Fukushima afeta a saúde da humanidade, o ambiente marinho global e os interesses públicos internacionais, enfatizou Li.

Observando que a China é uma das principais partes interessadas e que o governo e o povo chineses estão muito preocupados com a questão, Li disse que a China espera que o Japão demonstre ainda mais sinceridade e atitude construtiva em relação a questões como acordos de monitoramento internacional de longo prazo, trate seriamente de preocupações legítimas tanto no país quanto no exterior e cumpra com seriedade suas responsabilidades e obrigações.

Por sua parte, Kishida disse que manter um sólido impulso de desenvolvimento das relações Japão-China não é apenas favorável aos dois países, mas também benéfica para o mundo.

O Japão está pronto para trabalhar com a China para implementar o consenso importante alcançado pelos líderes dos dois países, manter intercâmbios de alto nível, fortalecer a cooperação em campos como economia verde, assistência médica e mercados de terceiros, facilitar intercâmbios entre pessoas, aprofundar a cooperação regional e enfrentar juntamente as mudanças climáticas e outras questões globais, segundo Kishida.

O Japão também está disposto a construir ativamente as relações Japão-China construtivas e estáveis, avançar de forma abrangente as relações estratégicas e mutuamente benéficas entre o Japão e a China, e promover o desenvolvimento sólido e de longo prazo dos laços bilaterais, afirmou ele.

Kishida salientou que o Japão adere a sua posição sobre a questão de Taiwan, como indicada na Declaração Conjunta Japão-China assinado em 1972, que permanece inalterada.

Os dois lados concordaram em fortalecer o diálogo e a comunicação em todos os níveis, realizar uma nova rodada de diálogo econômico de alto nível China-Japão e reuniões de alto nível de mecanismo de consulta de intercâmbios entre pessoas e culturais em um momento apropriado, continuar a promover consultas e diálogos sobre a liberação das águas residuais contaminadas pela usina nuclear de Fukushima com base no progresso existente e manter a comunicação e a coordenação sobre assuntos internacionais e regionais.

Os dois lados também trocaram opiniões sobre questões internacionais e regionais de interesse comum.

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