O número de mortes causadas pelas fortes chuvas que castigam desde segunda-feira o estado do Rio Grande do Sul chegou 39, enquanto 68 pessoas estão desaparecidas pela tragédia que já afetou 265 dos 496 municípios do estado, entre elas a capital Porto Alegre, que tem mais de 1,4 milhão de habitantes.
Segundo o boletim mais recente da Defesa Civil local, 32 mil pessoas estão fora de casa, sendo 8.168 pessoas em abrigos e 24.080 desalojados, na casa de familiares ou amigos. Ao todo 351.639 pessoas foram afetadas pelas chuvas.
"Esses números podem mudar ainda substancialmente ao longo dos próximos dias, na medida em que a gente consiga acessar as localidades que estão isoladas e consiga ter a identificação de outras vidas perdidas", disse o governador Eduardo Leite em uma entrevista à imprensa nesta sexta-feira.
"Serão dias difíceis. Pedimos às pessoas que abandonem suas casas. Nosso objetivo é salvar vidas", afirmou Leite, ao confirmar que a tempestade é "o maior desastre ocorrido no estado".
A Defesa Civil pôs em alerta a maioria das bacias fluviais do estado por risco de que a subida da água supere o nível de inundação.
A situação dramática que ocorre nos municípios do interior do estado chegou à capital, onde o nível do rio Guaíba, que banha Porto Alegre, superou os 4,5 metros e avançou sobre ruas e avenidas do centro da cidade, inundando a rodoviária e levando à suspensão de 95% das viagens e até os centros de treinamento dos principais clubes de futebol, Grêmio e Internacional.
Entre as regiões afetadas pelas inundações estão cidades turísticas, como Bento Gonçalves, principal polo da indústria do vinho no Brasil, Gramado e Canela.
