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MRE: alegada “teoria da sobrecapacidade da China” avançada pelos EUA visa conter e suprimir desenvolvimento industrial chinês

Fonte: Diário do Povo Online    23.04.2024 09h32

Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, comentou em 19 de abril a alegada “teoria da sobrecapacidade da China” exposta pelos Estados Unidos.

Seguem abaixo suas declarações:

Não é um “conceito novo”. Os Estados Unidos já rotularam as exportações da China de um grande número de produtos de alta qualidade e baixo custo para o mundo como "excesso de capacidade". Agora, passaram a rotular a exportação de produtos chineses de novas energias como "excesso de capacidade". Nessa lógica, 80% dos chips americanos, principalmente chips de alta qualidade, carne suína e produtos agrícolas, também são exportados em grandes quantidades. Porque não pode essa situação ser também qualificada de "excesso de capacidade"? A proporção de exportações de veículos de novas energias da China na produção é muito inferior à de países como Alemanha, Japão e Coreia do Sul, e não se fala em dumping "excessivo" no exterior. A alegada "teoria da sobrecapacidade da China" apresentada pelos Estados Unidos parece ser um conceito econômico, mas por detrás está a intenção de conter e suprimir o desenvolvimento industrial chinês. Trata-se de coerção econômica e hegemonia.

Na era atual, tanto a oferta como a procura são globais, e a capacidade de produção dos diferentes países é determinada por suas respectivas vantagens comparativas. Estas devem ser encaradas de forma objectiva, dialéctica e racional com base nas leis econômicas. As novas vantagens da indústria energética da China são obtidas através de competências reais e moldadas através da inovação tecnológica contínua e da plena concorrência no mercado. A prescrição de medicamentos a terceiros não pode curar a própria doença. Do mesmo modo, a utilização do “excesso de capacidade” como desculpa para adotar medidas de proteção comercial não pode resolver problemas internos. As indústrias emergentes prejudicam a resposta da comunidade internacional às alterações climáticas e aos esforços conjuntos para a transformação e o desenvolvimento verdes. Instamos os Estados Unidos a abandonar seu complexo hegemônico, a manter uma mente aberta, a insistir na concorrência leal, a respeitar os princípios econômicos de mercado e as regras econômicas e comerciais internacionais, a fomentarem uma economia e comércio com vocação verdadeiramente internacional, orientada para o mercado e baseada na lei. Os EUA devem trabalhar com a comunidade internacional com espírito de cooperação, com vista a promover a globalização econômica, e um desenvolvimento numa direção mais inclusiva.

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