A China expressou nesta quinta-feira a sua firme oposição às investigações lançadas pela União Europeia (UE) sobre subsídios recebidos por fornecedores chineses de turbinas eólicas, chamando essa medida de "protecionismo típico".
A China apresentou sérias representações à Comissão Europeia sobre a medida, disse o porta-voz do Ministério do Comércio, He Yadong, em uma coletiva de imprensa.
O porta-voz disse que as empresas chinesas de nova energia, incluindo as do setor de energia eólica, desenvolvem-se rapidamente para obter vantagens competitivas e garantir uma posição de liderança global por meio de inovação tecnológica contínua, de cadeias industriais e de suprimentos completos e de concorrência total no mercado. "Isso não poderia ser alcançado por meio de subsídios."
Comprometido em fornecer produtos de alta qualidade para os esforços globais de enfrentamento das mudanças climáticas, o setor de energia nova chinês fez contribuições positivas para a transformação verde de países do todo o mundo, inclusive os da UE, indicou ele.
A ação da UE contradiz o princípio do livre comércio e interfere seriamente na cooperação industrial normal entre a China e a UE, alertou o porta-voz.
Isso afetará seriamente os esforços globais de resposta às mudanças climáticas e o processo de transformação verde, minará a confiança dos investidores globais no mercado da UE e prejudicará a confiança mútua entre a China e a UE, acrescentou.
"A China está fortemente insatisfeita com essa ação e se opõe firmemente a ela", declarou.
Ele disse que a UE não pode, por um lado, defender a cooperação verde sob a bandeira das mudanças climáticas, mas, por outro lado, usar o grande bastão do protecionismo comercial para impor restrições ao comércio e aos investimentos verdes internacionais normais e praticar normas duplas ao lidar com o assunto.
"Essa medida transformará a UE em um obstáculo à transformação verde global, um obstáculo à cooperação de investimentos entre a China e a UE e um destruidor da confiança econômica e comercial entre os dois lados", proferiu ele.
O lado chinês espera que a UE abandone a prática protecionista, retorne ao caminho certo da cooperação ganha-ganha e tome medidas sólidas para criar um ambiente de concorrência estável, justo, transparente e previsível para as empresas da China e da UE.
A China acompanhará de perto as ações subsequentes da UE e se reservará o direito de tomar as medidas necessárias para proteger resolutamente os interesses legais das empresas chinesas, manifestou o porta-voz.