A 4 de Abril, celebra-se na República de Angola o Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, recordando o Acordo de Paz assinado pelas chefias militares dos dois maiores partidos políticos do País, o MPLA e a UNITA, 11 anos após a assinatura em Bicesse, com a mediação do governo português, do primeiro de três grandes acordos de paz, que estabeleceram a transição para a democracia multipartidária, sob a supervisão da Missão das Nações Unidas – UNAVEM II.
A República de Angola celebra 22 anos de paz. A efeméride assinala uma das maiores conquistas do seu histórico de luta, o segundo maior feito depois da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975.
Neste dia, os angolanos são chamados a reflectir sobre a data e a preservá-la, dado que ela perpassa ideologias e cores partidárias, crenças religiosas, género e origem.
Hoje, 22 anos depois, Angola é uma Nação em paz e reconciliada, que não pretende voltar a trilhar os caminhos do ódio e da violência, onde cada cidadão deve ser um agente activo da tolerância e do amor ao próximo, para que nela seja construída uma sociedade de bem-estar, de progresso social e de desenvolvimento sustentável.
Desde a conquista da paz, a 4 de Abril de 2002, que o nosso País é uma Nação completamente pacificada. Os angolanos concentram-se, depois do fim da guerra, na reconstrução do País e na consolidação da democracia. A data é sempre recordada como o início de uma nova era. A era da concórdia entre os angolanos.
Vinte e dois anos depois, Angola deu saltos significativos em direcção ao progresso. O que se construiu ou se reabilitou, depois do fim da guerra, contribuiu para que milhões de angolanos saiam da pobreza. Com a paz, as pessoas podem trabalhar e ter negócios geradores de rendimentos. E é bom que as famílias tenham rendimentos para poderem resolver os seus problemas.
Muito por conta desta paz, Angola é um País de grandes oportunidades. Muitos angolanos já se aperceberam disso e vão criando negócios de diversa natureza, para que tenhamos uma produção diversificada.
A paz é um bem que tem permitido que milhões de angolanos saiam da pobreza.
(Autor: João Salvador dos Santos Neto, embaixador de Angola na China)