As companhias aéreas de passageiros chinesas poderão aumentar seus voos semanais de ida e volta para os EUA dos atuais 35 para 50, a partir de 31 de março, disse o Departamento de Transportes dos EUA (USDOT, na sigla em inglês) na segunda-feira (26), após frequentes negociações China-EUA.
A aprovação “é um passo significativo na normalização do mercado EUA-China em antecipação à temporada de tráfego do verão de 2024”, disse o USDOT.
A mudança ocorre este ano em meio ao aumento do diálogo entre autoridades chinesas e norte-americanas.
O Ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, reuniu-se com a Representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, à margem da 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio, em Abu Dhabi, na segunda-feira. Wang e Tai participaram de discussões "profissionais e aprofundadas" sobre questões econômicas e comerciais bilaterais e multilaterais de interesse mútuo, de acordo com o Ministério do Comércio (MOFCOM, na sigla em inglês).
Wang expressou sérias preocupações sobre as tarifas adicionais dos EUA impostas aos produtos chineses e outras questões comerciais durante a conversa, disse o MOFCOM.
Num outro desenvolvimento, a chefe executiva da Câmara de Comércio dos EUA, Suzanne Clark, está liderando uma delegação de ex-funcionários do governo dos EUA a Bejing esta semana, informou a Reuters.
O grupo se reunirá com altos funcionários do governo chinês e líderes empresariais locais, bem como com executivos americanos e diplomatas estrangeiros, de acordo com um representante da câmara.
No início deste mês, as autoridades chinesas e norte-americanas realizaram uma terceira ronda de conversações em Beijing como parte do seu Grupo de Trabalho Econômico criado no ano passado, somando-se às crescentes interações desde o início de 2024 entre autoridades das duas maiores economias do mundo.
O Ministério das Finanças da China (MOF, na sigla em inglês) disse que os dois lados mantiveram intercâmbios profundos, sinceros, pragmáticos e construtivos sobre a situação e políticas macroeconômicas, a cooperação financeira do G20, a dívida dos países em desenvolvimento, as políticas industriais e outras questões.
Durante a reunião, o lado chinês expressou preocupação com as tarifas adicionais dos EUA impostas aos produtos chineses, as restrições contra a China ao investimento bilateral e as sanções que reprimem as empresas chinesas, disse o MOF, acrescentando que os dois lados concordaram em continuar as conversações.
A delegação dos EUA indicou que a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, aguarda com expectativa uma visita de regresso à China num “momento apropriado”, disse o Departamento do Tesouro dos EUA.
