Foto: Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, deu posse nesta quinta-feira ao novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que assumiu o cargo em substituição a Flávio Dino, futuro juiz do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em seu primeiro discurso, Lewandowski, ex-ministro da Suprema Corte, destacou que o eixo de sua gestão será a segurança pública, vinculando essa questão aos problemas sociais e afirmando que a luta contra a violência deve ir "além de uma permanente e enérgica repressão policial".
"É nossa obrigação e o povo brasileiro espera que o Ministério da Justiça dedique atenção especial à segurança pública, que, junto com a saúde, é hoje uma das maiores preocupações dos cidadãos", ressaltou.
"Em uma continuação deste ciclo perverso, a delinquência continua sendo alimentada pela exclusão social, a pobreza, o desemprego, a falta de saneamento, da saúde, do lazer e da habitação que, desgraçadamente ainda persistem no país apesar dos esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua equipe", acrescentou.
Segundo Lewandowski, é necessário implementar políticas públicas que permitam superar este "verdadeiro apartheid social".
No discurso, Lewandowski destacou também o crime organizado como um de seus principais desafios e afirmou que "não há soluções fáceis" para essas questões e por isso "não adianta" endurecer penas ou focar no encarceramento para combater o problema.
Segundo Lewandowski, a atuação da pasta tem que ser focada em políticas públicas, inteligência, e na cooperação com estados e municípios para "sufocar as facções criminosas".
O ministro disse que dará continuidade ao trabalho de Flávio Dino na pasta, e apontou que o combate ao crime organizado terá especial atenção durante a gestão dele.
Lewandowski assumiu como membro do STF em março de 2006 e se aposentou em abril de 2023, um mês antes de completar 75 anos, idade máxima permitida pela legislação para um membro da Suprema Corte.