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China mais próxima de atualizar acordo de livre comércio com Suíça para colaboração aprofundada

Fonte: Xinhua    16.01.2024 16h27

A China e a Suíça anunciaram nesta segunda-feira a conclusão do estudo conjunto de viabilidade sobre a atualização do acordo de livre comércio (ALC) bilateral, um passo importante para negociações e cooperação econômica mais profunda.

Durante as conversas entre o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que está em uma visita ao país, e a presidente da Confederação Suíça, Viola Amherd, na segunda-feira, os dois lados concordaram com o lançamento breve de negociações formais para atualizar o ALC.

Li chegou à Suíça no domingo para uma visita oficial, dando início ao último episódio de intercâmbios de alto nível entre os dois países.

Cui Hongjian, professor da Academia de Governança Regional e Global da Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing, aponta que tal ação refletiu o compromisso de ambas as nações para promover o comércio aberto e justo em uma era onde o protecionismo lança sombras sobre o comércio internacional.

"No contexto da crescente antiglobalização e protecionismo, o movimento colaborativo entre a China e a Suíça enviou o sinal claro de defender o multilateralismo e o livre comércio com base nas regras", disse o especialista à Xinhua.

A China e a Suíça estão empenhadas em fomentar laços econômicos fortes. Em 2022, o comércio bidirecional totalizou US$ 57,3 bilhões, um aumento de 30% em termos anuais, de acordo com estatísticas da Administração Geral das Alfândegas da China.

Segundo Cui, possíveis reduções nas barreiras comerciais e eliminação de tarifas vão melhorar o acesso ao mercado para empresas de ambos os lados e promover o fluxo sem descontinuidades de bens e serviços, trazendo assim um aumento no comércio e investimento bilaterais.

Durante a estadia de Li na Suíça, a China anunciou um tratamento com isenção unilateral de visto para a Suíça, e o lado suíço, uma maior facilitação da obtenção de visto para cidadãos chineses, bem como empresas chinesas que investem na Suíça.

Essas políticas facilitarão os intercâmbios culturais e econômicos, impulsionarão o turismo e atrairão investimentos estrangeiros para ambos os lados, acrescentou Cui.

A Suíça, como um dos primeiros países ocidentais a reconhecer a recém-fundada República Popular da China, estabeleceu relações diplomáticas com a China em 1950. Desde então, progressos notáveis foram feitos em intercâmbios e cooperação bilaterais.

"Ambos os lados devem explorar mais interesses convergentes, reforçar a cooperação em livre comércio, alfândega e outros campos, e promover e fortalecer novas áreas de crescimento de cooperação em desenvolvimento verde, finanças e economia digital", observou Li.

Ecoando as declarações de Li, o lado suíço expressou a vontade de continuar um diálogo de qualidade com a China, aprofundar a cooperação em campos como economia e comércio, educação, finanças, ciência e tecnologia, bem como intercâmbios interpessoais e culturais.

"É um sinal de um desejo de aprofundar este relacionamento muito rico que uniu nossos países", disse Jean-Jacques de Dardel, ex-embaixador da Suíça na China.

Em 2023, Li escolheu a Europa como seu primeiro destino de visitas ao exterior desde que assumiu o cargo. No início deste ano, o premiê chinês mais uma vez pôs os pés no continente europeu, dando início aos intercâmbios de alto nível China-Europa.

Tal fato atesta a dinâmica sustentada de interações China-Europa de alto nível e reflete a prontidão da China para colaborar com a Europa e outras nações para navegar pelas complexidades do cenário global contemporâneo, destacou Yang Chenxi, pesquisador do Instituto de Estudos Internacionais da China.

Durante sua estadia na Suíça, Li também participará da Reunião Anual 2024 do Fórum Econômico Mundial e proferirá um discurso especial. O mundo está antecipando os esforços sustentados da China para facilitar a globalização econômica e aguarda com expectativa suas propostas para promover motores de crescimento.

"A China tem uma voz importante nos assuntos mundiais e esperamos que esta voz seja usada em prol dos melhores benefícios de todas as partes envolvidas em um ano de tensões e dificuldades internacionais", disse Jean-Jacques de Dardel à Xinhua.

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