Um foguete transportador Longa Marcha-2C, transportando o novo satélite Einstein Probe (EP), decola do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan, sudoeste da China, em 9 de janeiro de 2024. (Foto de Zhang Jing/Xinhua)
A China colocou na terça-feira em órbita um novo satélite para observar fenômenos misteriosos transitórios no universo, tentando revelar mais sobre o lado violento e menos conhecido do cosmos.
O satélite, denominado Einstein Probe (EP), que utiliza uma nova tecnologia de deteção de raios X inspirada no funcionamento de um olho de lagosta, foi lançado por um foguete transportador Longa Marcha-2C às 15h03 (hora de Beijing) a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan, sudoeste da China.
Pesando cerca de 1,45 toneladas e com um tamanho equivalente a SUV de grande porte, o formato do satélite se assemelha a um lótus em plena floração.
“Este é o satélite mais bonito que já vi”, afirma Yuan Weimin, investigador principal da missão EP e investigador dos Observatórios Astronómicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências (CAS).
As 12 “pétalas” são, na verdade, 12 módulos que consistem em telescópios de raios X de campo amplo (WXT), enquanto os dois “estames” consistem em dois módulos de telescópios de raios X de acompanhamento (FXT).
Os telescópios formam um observatório espacial que visa ajudar os cientistas a capturar a primeira luz proveniente de explosões de supernovas, procurar e localizar sinais de raios X que acompanham eventos de ondas gravitacionais e descobrir buracos negros adormecidos e outros objetos celestes transitórios e variáveis.
“Como os buracos negros e as ondas gravitacionais se enquadram na teoria da relatividade geral de Einstein, o satélite recebeu o nome do grande cientista”, disse Yuan.