Por He Yin, Diário do Povo
Robôs inteligentes transportando objetos em uma oficina na província de Jiangsu, no leste da China. (Foto de Meng Delong/Diário do Povo Online)
Segundo dados do relatório “Indicadores Mundiais de Propriedade Intelectual 2023” publicado recentemente pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), a China recebeu cerca de 1,6 milhões de pedidos de patente em 2022, ocupando o primeiro lugar no mundo.
Já o Índice de Inovação Global 2023 da OMPI coloca a China em 12º lugar em todo o mundo, com seis indicadores ocupando o primeiro lugar. Além disso, os 24 clusters de ciência e tecnologia de nível mundial na China também colocaram, pela primeira vez, o país no topo dos rankings mundiais.
Estes números provam que a China se encontra entre as grandes potências mundiais em termos de inovação e que o país continua melhorando sua capacidade de inovação científica e tecnológica.
A inovação é o principal motor do desenvolvimento nacional e a base estratégica para a construção de uma economia modernizada.
Numa conjuntura de recuperação econômica global lenta, a economia chinesa continua recuperando e melhorando. O país está fazendo progressos significativos na promoção do desenvolvimento de alta qualidade e na construção de um sistema industrial moderno. Além disso, foram alcançados avanços significativos nos domínios da inovação científica e tecnológica.
De acordo com estatísticas divulgadas pelo Gabinete Nacional de Estatísticas em agosto deste ano, o novo índice de energia cinética do desenvolvimento econômico da China (considerando 2014 como valor 100) foi de 766,8 em 2022, um aumento de 28,4% em relação ao ano anterior. Já o índice impulsionado pela inovação foi de 336,3, um aumento de 15,5% em relação ao ano anterior e o índice de capacidade de conhecimento situou-se em 193,4, um aumento de 5,9% em termos anuais.
A China possui a maior reserva de talentos do mundo com as categorias mais completas, com um total de recursos de talentos atingindo 220 milhões. É esperado que o pessoal qualificado em P&D ultrapasse os 6 milhões em 2022.
Observadores internacionais afirmam que a China tem melhorado continuamente sua capacidade em termos inovação científica e tecnológica ao serviço do desenvolvimento de alta qualidade, e que foi capaz de promover um ciclo virtuoso de output académico, inovação e produção.
À medida que o desenvolvimento impulsionado pela inovação vai avançando e a inovação científica e tecnológica continuam a empoderar a economia real, novas indústrias e novas forças motrizes estão em constante crescimento e expansão, reforçando assim o seu papel na promoção do crescimento econômico.
De janeiro a outubro deste ano, o investimento da China em indústrias de alta tecnologia aumentou 11,1% em termos anuais, 8,2 pontos percentuais acima da média de investimento em outros setores. O valor acrescentado da produção automóvel aumentou 11,3%, enquanto o valor resultante da produção de maquinaria e equipamentos eléctricos aumentou 13,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A inovação continua no centro dos esforços de modernização da China, e a inovação e comercialização de novas tecnologias tornaram-se importantes forças motrizes para o desenvolvimento econômico.
Graças à inovação e aplicação de tecnologias avançadas, a economia chinesa está constantemente explorando novos campos e desbravando novos caminhos. Uma série de indústrias caracterizadas por longas cadeias industriais, teor altamente tecnológico e um forte ímpeto vão-se desenvolvendo cada vez mais rapidamente. O rápido crescimento das exportações chinesas de veículos movidos a novas energias, baterias de iões de lítio e produtos fotovoltaicos nos últimos anos é uma prova clara disse facto.
A China continuará a ser uma economia que cria enormes oportunidades para a cooperação bilateral, segundo falou o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças da República de Singapura, Lawrence Wong, em Beijing. Wong observou que, para além do seu vasto mercado, a China possui uma enorme economia com imensas vantagens em áreas como a manufatura avançada e a economia verde.
O terreno fértil para a inovação da China proporciona enormes oportunidades. Por exemplo, a Unilever estabeleceu seu centro asiático de P&D no município de Tianjin, no norte da China; a Schneider Electric inaugurou seu centro de P&D de automação em Wuxi, na província de Jiangsu; a Honeywell selecionou Shanghai como local para seu centro global de P&D de peças automotivas; e a Volkswagen anunciou seu plano para desenvolver e produzir veículos elétricos em uma nova fábrica em Hefei, na província de Anhui.
O mercado chinês não só oferece uma grande base de consumidores para empresas multinacionais, como também fornece terreno fértil para a incubação, demonstração e promoção de novos modelos e tecnologias.
Cada vez mais dirigentes de firmas multinacionais com investimentos na China acreditam que muitas inovações tecnológicas têm origem primeiro na China e daqui se propagam pelo resto do mundo. A China se tornou um terreno propício para a aplicação, em larga escala, de tecnologias emergentes.
Para além de proporcionar um impulso contínuo ao crescimento económico da China, a inovação científica e tecnológica chinesa também proporciona oportunidades de desenvolvimento tangíveis ao resto do mundo.
A China estabeleceu relações de cooperação científica e tecnológica com mais de 160 países e regiões, e assinou 116 acordos intergovernamentais no âmbito deste tipo de cooperação, criando um novo padrão de cooperação aberta polivalente, multinível e abrangente no domínio da ciência e tecnologia.
O país também assinou acordos intergovernamentais sobre cooperação científica e tecnológica com mais de 80 países participantes do Cinturão e Rota. A China estabeleceu com estes países mais de 50 laboratórios conjuntos e construiu mais de 20 centros de demonstração de tecnologia agrícola e cerca de 70 parques industriais no exterior. Além disso, a China criou também 10 centros de cooperação científica e educacional no exterior e nove centros transnacionais de transferência de tecnologia com alguns países.
Denis Simon, membro laureado do Instituto para os Estudos China-América, observou que as conquistas tecnológicas da China são notáveis e desempenham um papel cada vez mais crucial no campo da inovação a nível global. A China se tornou um participante de peso em termos de inovação de ponta no contexto internacional, assim como um contribuidor significativo para a resolução de desafios globais, acrescentou Simon.
A China continuará implementando profundamente uma estratégia de desenvolvimento orientada para a inovação, integrando recursos de inovação científica e tecnológica, orientando o desenvolvimento de indústrias emergentes e indústrias futuras estratégicas, acelerando a formação de novas forças produtivas e estimulando vantagens e impulso mais fortes, de modo a impulsionar o desenvolvimento econômico de alta qualidade baseado na inovação.