O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, disse neste sábado que a violência letal desta semana na capital foi uma "tentativa de golpe" com "graves consequências para todos os envolvidos".
Embalo falou com a imprensa no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira na noite de sábado, após retornar de Dubai, onde participou da conferência climática COP28.
Os confrontos entre elementos da Guarda Nacional e as forças especiais da Guarda Presidencial eclodiram na noite de quinta para sexta-feira.
Um comunicado à imprensa do Estado-Maior das Forças Armadas disse que, às 20h (2000 GMT) de quinta-feira, um grupo de soldados, liderado por seu comandante, Colonel Victor Tchongo, libertou indivíduos que estavam sendo interrogados no prédio da polícia judiciária.
Tchongo e alguns de seus comparsas foram presos na manhã de sexta-feira pela polícia militar, de acordo com fontes militares.
Tchongo "foi a pedido de alguém para retirar o ministro das Finanças das prisões da polícia judiciária", disse Embalo, acrescentando que criaria na próxima segunda-feira uma comissão de inquérito para investigar a situação da tentativa de golpe.
Em 1º de fevereiro de 2022, membros do exército da Guiné-Bissau lançaram um golpe fracassado contra Embalo.
