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Chanceler chinês enfatiza solução de dois Estados para questão Palestina-Israel

Fonte: Xinhua    30.11.2023 08h21

A China pede a convocação de uma conferência de paz mais autoritária, inclusiva e orientada para resultados o mais rápido possível para definir um roteiro e um cronograma para a solução de dois Estados para a questão Palestina-Israel, disse o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.

A China apoia as Nações Unidas no desempenho de um papel de liderança nesse sentido, disse Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, durante uma reunião com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na sede da ONU em Nova York na terça-feira.

O conflito palestino-israelense é um foco global, e o papel das Nações Unidas e suas ações estão chamando a atenção global, disse Wang.

Com relação a essa questão, a China sempre esteve do lado da paz, do lado da consciência humana e do lado do direito internacional, disse ele.

A China apoia as Nações Unidas e o secretário-geral no desempenho de um papel único e indispensável para lidar com a questão, disse Wang.

Como presidente do Conselho de Segurança da ONU para o mês de novembro, a China, mantendo uma comunicação próxima com os países árabes e outras partes relevantes, fez do conflito palestino-israelense uma prioridade fundamental do conselho, disse ele.

A China também recebeu uma delegação conjunta de ministros das Relações Exteriores de países árabes e islâmicos em Beijing e chegou a um consenso sobre a convocação de uma reunião de alto nível do Conselho de Segurança, na qual a China espera que o conselho possa falar com uma voz clara, disse Wang.

Wang disse que a Resolução 2712 do Conselho de Segurança é o primeiro passo para um cessar-fogo e um bom começo para a solução política do conflito palestino-israelense.

O ponto principal do momento é se a pausa humanitária atualmente em vigor pode ser estendida e se as chamas da guerra serão retomadas em Gaza, disse ele.

A posição da China é clara. Primeiro, não se deve permitir o retorno da guerra. Um cessar-fogo abrangente deve ser implementado para evitar um desastre humanitário ainda maior. As pessoas em cativeiro devem ser libertas, disse Wang.

Em segundo lugar, os suprimentos humanitários devem ter acesso livre a Gaza. Mais passagens de fronteira devem ser disponibilizadas e um mecanismo de monitoramento eficaz deve ser estabelecido.

Em terceiro lugar, a solução de dois Estados, que é o maior denominador comum da comunidade internacional e a saída fundamental para a questão palestino-israelense, deve ser retomada o mais rápido possível, disse ele.

Guterres, por sua vez, expressou seu apreço pelo papel construtivo da China na promoção de uma solução política para a questão palestino-israelense e no alívio da situação humanitária em Gaza durante a presidência do Conselho de Segurança.

Ele agradeceu à China por convocar uma reunião de alto nível do Conselho de Segurança sobre a questão palestino-israelense.

A próxima reunião, a primeira para a implementação da Resolução 2712 do Conselho de Segurança, é de grande importância, disse o chefe da ONU.

A situação humanitária em Gaza continua preocupante. As mortes de civis, especialmente de crianças, não têm precedentes e são inaceitáveis. A pausa temporária nas hostilidades não é suficiente. Os suprimentos humanitários para Gaza estão longe de ser suficientes, disse Guterres.

É necessário abrir mais passagens fronteiriças e simplificar os procedimentos para que os suprimentos humanitários possam chegar a Gaza de forma rápida e desimpedida, disse Guterres.

As Nações Unidas são firmemente a favor da solução de dois Estados como a forma fundamental de resolver a questão palestina, disse ele, expressando a esperança de que o Conselho de Segurança possa chegar a um maior consenso sobre isso.

Wang, em nome do governo chinês, lamentou a morte de funcionários da ONU na última rodada do conflito palestino-israelense.

Ele também se reuniu separadamente com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e com o ministro das Relações Exteriores da Malásia, Zambry Abdul Kadir, em Nova York, na terça-feira.

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