O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, a convite do governo da Índia, participará nesta quarta-feira (22) da Cúpula Virtual de Líderes do G20, uma reunião que deverá consolidar o consenso e enviar um sinal positivo para enfrentar os desafios globais através da cooperação.
Face à situação internacional volátil e à lenta recuperação econômica global, é necessário que o G20 reforce as parcerias e faça contribuições positivas para a recuperação econômica mundial e o desenvolvimento comum global, afirmou Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, na terça-feira (21).
Durante a sessão de encerramento da Cúpula do G20 em Nova Deli, em setembro, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi anunciou a realização da cúpula virtual.
A cúpula apresentará os principais resultados e pontos de ação da cúpula de Nova Deli, bem como analisará os desenvolvimentos desde então, segundo informou o site do G20.
A espectativa é de que evento impulsione a implementação eficaz de várias decisões do G20, de acordo com o site.
Em outro desenvolvimento, Mao disse na conferência de imprensa regular de terça-feira (21) que a China e a Argentina têm uma forte complementaridade econômica e um enorme potencial de cooperação, e as relações bilaterais mostraram uma dinâmica sólida.
Seu comentário veio em resposta à um repórter que mencionou Diana Mondino, principal conselheira para relações exteriores do presidente eleito argentino Javier Milei, que havia dito que o governo argentino deixaria de interagir com o governo chinês em questões comerciais, segundo publicou a agência de notícias russa RIA Novosti.
Mao observou que a caracterização dos comentários de Mondino pelo repórter é diferente da entrevista publicada no site da RIA Novosti.
Mondino disse que o mundo exterior tem alguns mal-entendidos sobre as políticas externas de Milei, e nenhum país poderá sair das relações diplomáticas e ainda ser capaz de se envolver no comércio econômico e na cooperação, afirmou a porta-voz.
Seria um enorme erro de política externa se a Argentina cortasse relações com países importantes como a China ou o Brasil, disse Mao, citando Mondino.
Mao acrescentou que Beijing é um importante parceiro comercial de Buenos Aires e que o recém-eleito governo argentino atribui grande importância às relações com a China.
A China está disposta a continuar trabalhando em conjunto com a Argentina para promover a estabilidade e o desenvolvimento a longo prazo dos laços bilaterais, disse a porta-voz.
A China é o segundo maior parceiro comercial da Argentina e o maior mercado de importação dos produtos agrícolas do país latino-americano.